Até o fim do prazo para as convenções estaduais dos partidos políticos, tudo pode acontecer. A chegada do PSD da família Jácome no palanque da oposição poderá resultar na formação de uma chapa. O deputado estadual Jacó Jácome, que preside o PSD no Estado, surge agora como companheiro de chapa do Solidariedade: Fábio Dantas. Jacó é evangélico, jovem, mas teria dificuldades hoje em ser reeleito.
Como anunciou nesta semana apoio ao projeto de Rogério Marinho (PL) de ser senador, a família Jácome também já fechou questão: troca a reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT) pelo palanque de Fábio Dantas. Jacó surge como um “consenso” na chapa e um nome “terrivelmente evangélico”. Existe uma conversa de bastidores de que o prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB) não teria anunciado apoio a Fábio Dantas por discordar do possível vice: o ex-prefeito de Assú, Ivan Júnior (União Brasil), eleitor do deputado Nelter Queiroz (PSDB), a quem Álvaro simplesmente não se dirige há anos.
Também já corre solto que o ex-senador José Agripino Maia, dirigente do União Brasil, virou um simpatizante da candidatura de Rafael Motta (PSB) ao Senado. Agripino não se dá bem com Rogério Marinho. Na semana passada, o ex-prefeito de Pau dos Ferros Leonardo Rêgo (União Brasil) e o deputado Getúlio Rêgo (PSDB) anunciaram apoio ao nome de Rafael Motta. Houve um dedo agripinista nessas articulações. Na próxima quinta-feira 28, o União Brasil fará sua convenção no Clube do América, que fica no bairro Tirol, com a presença do presidente nacional do partido e pré-candidato a presidente da República, deputado federal por Pernambuco, Luciano Bivar.
DIVIDIDO
O União Brasil reafirmou ontem unidade e definiu, por unanimidade, que fica delegada ao dirigente José Agripino a missão de articular e definir as composições com vistas à disputa pelo governo do Estado. Pela vontade de Agripino, o partido não dará tempo a Rogério Marinho, do PL de Bolsonaro. Agripino torce por Rafael Motta, do PSB.
RUÍDO
Nem tudo são flores com a chegada do PSD da família Jácome no palanque da oposição. O deputado Albert Dickson (PSDB) já simpatizava com a reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT). Agora vestirá a camisa. Outra posição que deve ser considerada é a da deputada federal Carla Dickson. Os Dickson são hoje os maiores concorrentes da família Jácome no segmento evangélico do RN.
TEMPO
Na oposição, continua o imbróglio em torno dos partidos que vão formalizar coligação com o PL e o Solidariedade. O PSD fechou na aliança. O PSC também. Rogério tenta mudar as posições do PP do deputado Beto Rosado, do PTB de Getúlio Batista, e da turma tucana, que metade apoia Fátima e a outra metade Fábio Dantas.
COMUNISTAS
Na véspera da convenção da federação PT, PV e PCdoB, o vice-governador Antenor Roberto desistiu de concorrer a suplente de senador. A chapa de Carlos Eduardo Alves (PDT) terá agora o senador Jean Paul Prates (PT) como 1º suplente e a advogada Ana Sufia Nunes, que já foi candidata a prefeita de Rafael Godeiro, a segunda suplente. Ela também é esposa do tabelião Airene Paiva.
INTELIS
A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin afirmou nesta quarta-feira 20 que confia na segurança do sistema eletrônico de votação. A nota é uma reação aos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na segunda-feira 18, quando tentou desacreditar as urnas eletrônicas em audiência com dezenas de embaixadores.
CODEVASF
A operação da Polícia Federal deflagrada ontem para apurar suspeita de fraudes em contratos da empreiteira Construservice com a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf) apreendeu mais de R$ 1 milhão em dinheiro vivo na residência de um dos investigados. A companhia é comandada politicamente pelo Centrão. A operação cumpriu 16 mandados de busca e apreensão na superintendência do Maranhão, e prendeu o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como “Imperador”.
ESPÉCIE
As notas, que incluíam cédulas de R$ 200, R$ 100, R$ 50 e também valores menores, estavam espalhadas por vários cômodos da casa, escondidas até mesmo em um cofre. Foram fotografadas pelos policiais federais responsáveis pela execução da Operação Odoacro, conduzida pela PF do Maranhão.