O vôlei com conhecimento e independência jornalística
A verdadeira vitória reside na satisfação pessoal, na superação silenciosa e na autenticidade dos seus esforços.
O mérito é intransferível: Nicola Negro.
O reconhecimento deve ser voluntário, natural, sob pena de ser considerado falso elogio. Aceitar as consequências é o verdadeiro aprendizado.
E dos dois lados.
Convicção é o sentimento de estar certo.
E certeza é o sentimento de não estar errado.
Defender suas convicções foi uma clara manifestação de resiliência de Nicola Negro.
Mas não foi fácil se sustentar e sustentar as ideais.
Nicola errou no caso da fraca Annie Mitchem. Nicola acertou no caso de Jenna Gray. Nicola deu crédito e não abandonou Yonkaira Peña.
O mercado deixou o italiano em maus lençóis quando abriu mão do retorno de Macris e liberou Carol Gattaz para o rival Praia Clube.
Questão de personalidade.
E a personalidade forte é como uma faca de dois gumes: pode transformar o indivíduo em um líder para o progresso ou em um teimoso que refuta todas as ideias.
A sensação é que a temporada trouxe ensinamentos e humildade, a porta de entrada do conhecimento.
O maior exemplo foi a final do Sul-Americano quando Thaísa assumiu o papel de técnica em quadra.
Nicola demorou a entender o processo, a relação com a mídia e os adversários e a grandeza do Minas. A eterna cobrança, seja ganhando ou perdendo.
E não muda.
Algo absolutamente natural pela cultura irreversível adotada no Brasil.
Nicola precisou administrar e rever conceitos internos. E administrar é a arte de promover resultados esperados em situações inesperadas.
Assim foi a Superliga do Minas.
Assim Nicola respondeu.
A desconfiança foi também uma forma de proteção. E Nicola, inteligente, usou a desconfiança como motivação.
O silêncio como ferramenta para o aprendizado.
Agora não.
Não se mede o mérito das pessoas pelas atitudes, mais sim pelos resultados.
O falastrão italiano tem o direito de falar o que bem entender.
Venceu.
Nicola Negro é literalmente o dono do Minas.
Na acepção da palavra.