Martina Navratilova disparou contra o Comitê Olímpico Internacional/Créditos: Getty Images
A lenda do tênis Martina Navratilova criticou o Comitê Olímpico Internacional (COI) por ‘passar a responsabilidade’ às federações esportivas sobre as políticas de transgêneros e o esporte feminino. Navratilova, ativista dos direitos dos homossexuais, diz que o COI “rejeitou completamente” sua responsabilidade em uma questão que dividiu o esporte, enquanto as Federações Internacionais revisam suas regras de elegibilidade para o esporte transgênero.
Com informações do YahooEsportes!O COI aprovou uma estrutura para atletas transgêneros e diferenças no desenvolvimento sexual (DSD) em novembro, que recomenda mais flexibilidade para Federações Internacionais e inclusão, bem como não discriminação com base no sexo ou outros motivos.
No entanto, a FINA restringiu recentemente a participação de transgêneros em eventos femininos, já que os atletas devem ter completado a transição aos 12 anos para serem elegíveis para competir em corridas femininas.
Nesse sentido, Navratilova assegurou em entrevista ao jornal ‘The Australian’ que “o COI liberou completamente sua responsabilidade. Que ‘Oh, vamos deixar nas mãos das federações individuais’. Como essas federações individuais dentro de seu país podem fazer regras diferentes? Eles têm que fazer a pesquisa e a implementação… e isso custa dinheiro, é impossível”, afirmou a vencedora de 59 vezes Grand Slams que se aposentou em 2006.
O assunto veio à tona nesta semana após algumas federações se posicionarem sobre o tema. Embora a Federação Internacional de Natação (Fina) tenha envolvido cientistas na força-tarefa que elaborou suas regras, os defensores da inclusão de transgêneros argumentam que ainda não foram feitos estudos suficientes sobre o impacto da transição no desempenho físico.