Dentro da Terra Indígena (TI) Sete de Setembro, o povo Paiter Suruí produz um café premiado e reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Rondônia: o robusta amazônico. A qualidade do fruto é resultado dos conhecimentos sobre a floresta e práticas sustentáveis adotadas pelos indígenas.
“O cultivo e a qualidade do nosso café vem da floresta em pé. Para se ter uma ideia, cultivamos sem irrigação, porque o mais importante é a mata”, explica o presidente da Cooperativa Indígena Garah Itxa, Celso Suruí.
De acordo com Celso, 150 famílias estão envolvidas no cultivo do café em 25 aldeias que ficam dentro da TI Sete de Setembro, localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso.
Cafezal dentro da Terra Indígena Sete de Setembro — Foto: Emily Costa/g1 RO
Iniciativas como o reflorestamento feito pelos indígenas em seu território, que envolvem o plantio de frutos nativos (técnica conhecida como “agrofloresta”) próximo às plantações, é fundamental para garantir o melhor cultivo do grão.
Como surgiu os cafezais?
O presidente da cooperativa explica que o plantio de café não fazia parte da cultura Paiter Suruí: as lavouras foram deixadas por colonizadores que viviam na região antes da demarcação da terra indígena.
A TI Sete de Setembro, que é habitada por indígenas Paiter Suruí, está localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, em uma área de 248.146 hectares. O modo de vida tradicional do povo Suruí está ligado ao uso da floresta e às atividades extrativistas.
O período de colonização da Terra Indígena ocorreu por volta de 1920 até 1980, quando houve a demarcação. A área era habitada por não indígenas que exploraram recursos naturais da região, incluindo a extração ilegal de madeira.
Após o contato com a sociedade não indígena, os Paiter perceberam que esse café que existia em seu território era uma cultura lucrativa que poderia contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade.
Cafezal dentro da Terra Indígena Sete de Setembro — Foto: Emily Costa/g1 RO
Iniciativas como o reflorestamento feito pelos indígenas em seu território, que envolvem o plantio de frutos nativos (técnica conhecida como “agrofloresta”) próximo às plantações, é fundamental para garantir o melhor cultivo do grão.
Como surgiu os cafezais?
O presidente da cooperativa explica que o plantio de café não fazia parte da cultura Paiter Suruí: as lavouras foram deixadas por colonizadores que viviam na região antes da demarcação da terra indígena.
A TI Sete de Setembro, que é habitada por indígenas Paiter Suruí, está localizada entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, em uma área de 248.146 hectares. O modo de vida tradicional do povo Suruí está ligado ao uso da floresta e às atividades extrativistas.
O período de colonização da Terra Indígena ocorreu por volta de 1920 até 1980, quando houve a demarcação. A área era habitada por não indígenas que exploraram recursos naturais da região, incluindo a extração ilegal de madeira.
Após o contato com a sociedade não indígena, os Paiter perceberam que esse café que existia em seu território era uma cultura lucrativa que poderia contribuir para o desenvolvimento de sua comunidade.