Mulher de Ronnie Lessa é presa por tráfico internacional de armas. Foto: Reprodução
Elaine Lessa, mulher do policial reformado Ronnie Lessa, apontado pela Polícia Civil como o homem que executou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, foi presa pela Polícia Federal na manhã deste domingo 18, segundo informações do G1.
Ambos tiveram uma nova prisão decretada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por tráfico internacional de armas.
A prisão ocorre dois dias depois de Elaine ter sido solta pela Justiça do Rio de Janeiro após ter sido condenada por destruição de provas no caso da morte da vereadora Marielle Franco.
Um cunhado e dois amigos de Ronnie, que também estavam detidos, deixaram a cadeia. Os acusados responderão em liberdade.
Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Elaine Lessa, Márcio Montavano, Bruno Figueiredo e Josinaldo Freitas elaboraram e executaram o plano para se livrar do arsenal que Ronnie Lessa tinha em casa. Isso ocorreu quase um ano depois da morte da vereadora e de Anderson.
Márcio Montavano, o Márcio Gordo, teria tirado as armas de dentro do apartamento de Ronnie e Elaine Lessa; Bruno Figueiredo, irmão de Elaine, é suspeito de ajudar Márcio na execução do plano; Josinaldo Freitas, o Djaca, teria jogado o arsernal no mar. As armas nunca foram encontradas.
Tráfico de armas
As investigações sobre o tráfico de armas começaram após uma encomenda vinda de Hong Kong ter chamado a atenção da Receita Federal no Aeroporto do Galeão, no Rio, no dia 23 de fevereiro de 2017.
O destinatário era a Academia Supernova, que funcionava na comunidade de Rio das Pedras, na Zona Oeste da cidade, controlada pela milícia. Ronnie e Elaine eram sócios do estabelecimento.
No pacote, a Receita Federal encontrou 16 quebra-chamas para fuzil AR-15. A peça serve para ocultar as chamas decorrentes de disparos de armas de fogo, de modo a não revelar a posição do atirador.