A Justiça do Espírito Santo tornou ré e decidiu manter presa a mineira Jhose Campos Alves, de 45 anos, conhecida como uma das principais estelionatárias de Vitória. Ela já havia sido denunciada pelo Ministério Público e indiciada pela Polícia Civil. A mulher é acusada de ter aplicado golpes em, ao menos, 30 pessoas, nas regiões de da Praia do Suá, Santa Helena, Santa Lúcia, Santa Luíza, Praia do Canto, Ilha do Frade, Ilha do Boi e Barro Vermelho. O prejuízo estimado é de R$ 1 milhão.
Segundo decisão assinada pelo juiz Luiz Guilherme Risso, da 2ª Vara Criminal de Vitória, Jhose adquiriu diversos produtos, bens e serviços, sob alegação de que faria o pagamento posteriormente, o que não era realizado, se apropriando desses itens e guardando-os em sua residência.
Vida de luxo
A mineira vivia em uma mansão de luxo na Ilha do Boi, área nobre de Vitória, e, ao ser presa no dia 7 de dezembro, a polícia apreendeu móveis, itens de decoração, roupas e pinturas. Uma das vítimas da suspeita foi a artista plástica Julyana Hulle, que vendeu quadros para Jhose, que nunca foram pagos, sendo lesada em cerca de R$ 30 mil. A artista conseguiu reaver 11 trabalhos após a prisão da mineira.
Segundo as investigações, Jhose dava desculpas diversas para não efetuar os pagamentos, como esquecimento de chave Pix, passava cheque sem fundo ou dizia que estava com problemas financeiros. Assim, ela foi adquirindo tudo o que teria na mansão.
Na internet, Jhose utilizava nomes de famílias tradicionais do Estado para se apresentar, como Grand Buaiz. O advogado de defesa dela diz que a mineira tem oniomania, conhecida como síndrome de compra compulsiva. Com essa alegação, ele diz que Jhose não é estelionatária e que todos os casos se trataram apenas de um desacordo comercial.
A defesa também pediu atendimento médico adequado para Jhose na prisão, já que ela é diabética, fez bariátrica, tem problemas de coração e pressão alta.
A mulher também é investigada por crimes que teria cometido enquanto morava em Vila Velha.