São investigados 14 policiais penais pelos crimes de torturas ocorridos em julho do ano passado
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, nesta quinta-feira (14), uma operação que investiga denúncias de crimes de tortura contra presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. A operação “Touro de Bronze” foi deflagrada pela promotoria de Contagem, junto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Penal, e as polícias Civil e Militar.
São investigados 14 policiais penais pelos crimes de torturas ocorridos em julho do ano passado. As investigações começaram a partir de uma denúncia anônima recebida em fevereiro de 2021. O objetivo da operação é apreender celulares, pen-drives, livros de registros de ocorrência e outros documentos que vão ajudar nas investigações, que seguem em segredo de Justiça.
“Nós trabalhamos para que as investigações sejam corretas e os criminosos presos. Nosso objetivo aqui é investigar o crime de tortura e levantar esses elementos de prova para que isso não se repita mais nas unidades prisionais”, afirmou o promotor de Justiça Gabriel Mendonça, do Gaeco, por meio da assessoria de imprensa.
São cumpridos 26 mandados de busca e apreensão na Nelson Hungria, no presídio de Ibirité, na Fazenda Mato Grosso, em Ribeirão das Neves, e em endereços residenciais nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ibirité e Ribeirão das Neves, essas quatro últimas cidades da região metropolitana.
Participam da operação quatro promotores de Justiça, 92 policiais penas, 28 policiais civis e 34 policiais militares. “O nome da operação faz ilusão a instrumento de tortura construído na região da Sicília, na Itália, no século VI a.C, e utilizado para promover a morte de criminosos”, informa o MPMG.
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