Mossoró Cidade Junina. Foto: Célio Duarte
O Mossoró Cidade Junina tem sido um sucesso. A mobilização da cidade em torno do evento mostra que a gestão do prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) acertou em cheio ao investir fortemente na retomada da festa, após dois anos de clausura forçada pela pandemia.
As ruas, aliás, têm deixado claro que a festa tem aprovação popular. Um exemplo disso foram os aplausos direcionados ao prefeito durante o show de Wesley Safadão. O cantor registrou: “Nos tempos de hoje, você chegar numa cidade e ver o povo bater palma para o prefeito… Tem que deixar registrado. Não é todo lugar”.
A prioridade do poder público deve ser sempre suprir as necessidades básicas da população, especialmente no tripé saúde-educação-segurança. Mas tão importante quanto é investir em ações de cultura e lazer. É também fundamental.
Valorizar a tradição das festas juninas e propiciar diversão à população é imprescindível e, nesse momento de volta à normalidade, serve também para lavar a alma após dois anos de sofrimento causado por uma doença que deixou – só em Mossoró – 643 mortos (até ontem, segundo a Sesap).
Mas, mais do que isso, o Mossoró Cidade Junina tem mostrado que o investimento na festa é importante também para girar a economia local. Desde os dias que antecederam o Pingo da Mei Dia, no último dia 4, Mossoró está totalmente mobilizada para a festa.
Hotéis e pousadas estão com lotação máxima, bares e restaurantes têm faturado bem e uma gama de outros setores comemoram bons resultados, como os de vestuário e calçados, serviços de beleza e os ambulantes. Estudos apontam que, a cada R$ 1 investido na festa, retornam outros R$ 4, entre circulação de dinheiro e impostos para os cofres públicos. Fora os empregos gerados pelo menos temporariamente.
Num momento de retomada pós-pandemia, ter um empurrão como o Mossoró Cidade Junina amplia o otimismo do comércio local e propicia que a chegada ao segundo semestre seja mais tranquila, com a preservação de empregos – ou até aumento na oferta de vagas.
Argumentos que contestam o uso de dinheiro público nesse tipo de festa se desmontam no momento em que o retorno se materializa inclusive do ponto de vista financeiro. O que vai garantir, mais adiante, que a gestão municipal tenha a oportunidade de bancar serviços públicos. Fora a oportunidade de mostrar Mossoró para todo o Brasil, atraindo turistas não só de dentro do próprio Rio Grande do Norte – fazendo o dinheiro circular dentro do próprio Estado –, como de outras praças.
Um acerto, sem dúvida alguma.