Vítima de um câncer raro, o baiano de Ipiaú registrou momentos históricos como a queda do Muro de Berlim
Em momentos como o que vivemos, o jornalismo sério ganha ainda mais relevância. Precisamos um do outro para atravessar essa tempestade. Se puder, apoie nosso trabalho e assine o Jornal Correio por apenas R$ 5,94/mês.
Morreu nesta segunda-feira, no hospital Santo Antônio, em Salvador, o fotógrafo e antropólogo baiano Rogério Ferrari.
Natural de Ipiaú, Rogério foi vítima de um tipo raro de câncer. Trabalhou em veículos como Revista Veja e Revista Carta Capital e internacionais, como Revista Acción (Argentina) e Periódico El Tiempo (México), assim como para as agências de notícias Prensa Latina (Cuba) e Reuters.
Sempre ligado a causas sociais, o baiano dizia em entrevistas – inclusive no Programa do Jô – que começou a fotografar porque “queria compartilhar com outras pessoas acontecimentos que considerava importantes”.
Realizou coberturas históricas como a queda do Muro de Berlim, quando estudava filosofia e história na parte oriental da capital alemã. Além de ter realizado fotoreportagens com as Mães da Praça de Maio, na Argentina; a Eco 92; a Crise dos Balseiros (Cuba); a Rebelião Zapatista (México); refugiados do Curdistão; e a ocupação israelense na Palestina, cobertura que virou livro “Palestina – A Eloqüência do Sangue”.
De acordo com amigos do fotógrafo, o corpo será cremado nesta terça-feira (20) na capital baiana.
.