Com a assinatura da concessão do metrô, a estabilidade dos servidores públicos da CBTU de Belo Horizonte foi mantida por 12 meses, o que termina no sábado (23). Apesar disso, do total de 1.483 funcionários da empresa, 702 (47,3%) já teriam sido demitidos, segundo o Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindimetro-MG). A outra metade segue na incerteza. O Metrô BH não comentou a situação.
“O Metrô BH executou dois programas de demissão voluntária; uma demissão consensual; e fora as demissões por justa causa, sem explicação”, afirmou Alda Fernandes, presidente do Sindimetro-MG. O Ministério das Cidades informou que desconhece as demissões por justa causa. A sindicalista ainda relata corte de direitos trabalhistas e aumento de jornada.
Manutenção. Outra denúncia do sindicato é que, na ânsia de agilizar a reforma das estações, a concessionária teria deixado de cumprir o cronograma de manutenção prévia do metrô, o que tem resultado em falhas e atrasos na operação com maior frequência.
“Com isso, a gente tem a segurança e a própria prestação do serviço colocadas em xeque, o que é muito grave”, completou Daniel Glória Carvalho, secretário geral do Sindimetro-MG.
O governo do Estado e o Metrô BH não haviam se manifestado até o fechamento da edição sobre as queixas e denúncias.