A médica que conduzia o carro envolvido no acidente de trânsito que tirou a vida da professora de balé Geovanna Alves Lemos, em março de 2018, foi absolvida pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). A decisão foi publicada nesta quinta-feira (21).
Segundo a sentença, a médica Rute Nunes Oliveira Queiroz, ex-diretora médica e assessora técnica do Hospital Geral Roberto Santos, não podia ser responsabilizada pela morte de Geovanna porque estava inconsciente no momento da colisão. As informações são da TV Bahia.
Geovanna estava na garupa de uma moto quando foi atingida por um carro na tarde do dia 15 de março de 2018, na Avenida ACM, na Pituba. Um Kia Sportage que era conduzido no sentido Orla acabou atingindo a moto, que ia pegar o retorno para o Itaigara. Geovanna morreu no local. Ela e o mototaxista estavam de capacete no momento da batida.
De acordo com a Superintedência de Trânsito do Salvador (Transalvador), o acidente aconteceu por volta das 12h20. Com o impacto da colisão, os dois veículos atravessaram o canteiro central e foram parar no outro retorno.
A professora estava indo para o Colégio Sartre no momento do acidente – trabalhava lá como professora assistente há dois anos. Ela também dava aulas na Ebateca, em Brotas.
Professora ia para escola em mototáxi (Foto: Reprodução/Facebook) |
Médica dirigia
Na época, após o acidente, a médica Rute Nunes Oliveira Queiroz foi levada para a 16ª Delegacia (Pituba). O marido dela, Mário Queiroz, a acompanhou. Ele afirmou que Rita estava indo buscar a filha na escola, sua rotina diária. “Fatalidade. Acidentes acontecem. Ela é mãe de família, pessoa de caráter”, comentou.
“Estava escrito. Era eu que ia buscar (a filha). Mas ela disse ‘deixa que eu vou, deixa que eu vou’. Depois, quando ela me ligou, tava aquela gritaria. Sinto muito pela família da jovem”, continuou Mário, acrescentando que a família nunca vai esquecer desse dia.
Um motociclista que testemunhou o acidente também foi até a delegacia. Ele afirmou que viu a batida e diz que a motorista do carro tentou fugir arrastando a moto, mas acabou batendo em um bloco de concreto (prisma).
A médica chegou a ser detida e autuada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e foi liberada após pagar fiança.