Rogério Marinho. Foto: Reprodução
O pré-candidato a senador Rogério Marinho (PL) parece que gosta de acumular problemas, ao invés de trabalhar para minimizá-los ou resolvê-los. Não bastassem todas as explicações que ele terá de dar na campanha – como sua atuação na contestada reforma trabalhista – e os temas espinhosos que terá de tocar, agora o ex-ministro parece agir deliberadamente para seguir a cartilha do chefe Jair Bolsonaro e adotar um perfil anti-imprensa.
O ex-ministro, ou seus assessores, tem ignorado com frequência convites da imprensa falada e escrita para se posicionar sobre temas relevantes do Estado e do País, prestar contas do trabalho realizado no governo e responder a questionamentos levantados pela reportagem ou seus adversários políticos. Prefere esnobar o papel que a comunicação profissional exerce no debate público.
Ao agir dessa forma, Rogério Marinho furta do cidadão leitor e eleitor o direito de acessar a pluralidade de versões sobre fatos que o envolvam. Só não prejudica o acesso à informação porque, felizmente, a imprensa profissional detém outros mecanismos de apuração.
O pré-candidato também perde a oportunidade de ocupar esses espaços ofertados na mídia para se apresentar, dizer qual o seu serviço prestado ao Estado e explicar por que pretende ser senador.
Rogério Marinho poderia aproveitar os convites para rebater quem o chama de “perverso” por ter defendido com unhas e dentes a reforma trabalhista. Ou para dar sua versão sobre o processo que o acusa de ter nomeado funcionários fantasmas quando era vereador. Também poderia explicar por que votou para congelar por 20 anos os gastos com saúde e educação. Ou tentar reverter os índices de rejeição.
A lista de problemas é grande. Mas Rogério parece estar indisposto a diminuí-la. Prefere imitar o chefe Bolsonaro.
O estilo adotado até aqui rendeu a Rogério uma derrota fragorosa em 2018.
Educação
Professores grevistas ocuparam ontem à tarde a Secretaria de Educação de Natal na tentativa de ter uma reunião com a secretária Cristina Diniz. Foi em vão. A titular da pasta não recebeu a categoria. A greve caminha para completar um mês e até agora a prefeitura não apresentou uma proposta para pagar o reajuste que os educadores têm direito.
Acesso privilegiado
Os pastores lobistas investigados por atuarem numa espécie de gabinete paralelo no Ministério da Educação estiveram mais de 100 vezes na sede da pasta e no prédio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), durante o governo Jair Bolsonaro. Durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro, os pastores da Assembleia de Deus Cristo Para Todos Gilmar Santos e Arilton Moura tinham a deferência de usar a “entrada privativa” no MEC.
Revisão da reforma trabalhista
O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, vai anunciar nesta terça-feira, ao lado do presidente da CSB, Antônio Neto, ideias que devem estar em seu plano de governo para a pauta trabalhista. Os dois falarão sobre a proposta de criar um Código Brasileiro do Trabalho em substituição à CLT, atual regramento das leis trabalhistas no Brasil.
Código Brasileiro do Trabalho
O novo código revogaria parte da reforma trabalhista aprovada no governo de Michel Temer, abarcaria novas formas de trabalho, e traria como principal novidade a inclusão do serviço público nas mesmas regras.
Falta de remédio
Pacientes de Natal com hipertensão arterial pulmonar (HAP), uma doença rara e grave, e que precisam tomar diariamente comprimidos de sildenafila 20 mg, mesmo composto do Viagra, estão sem o medicamento desde o fim da semana passada. A Unicat, órgão do Governo do Estado que faz a distribuição gratuita para pacientes cadastrados, está sem o remédio e não tem prazo definido para receber novas caixas.
Resposta
A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) disse que a responsabilidade da compra é do Governo Federal (Ministério da Saúde) e que só faz a aquisição e entrega direta para os pacientes quando a ordem vem da Justiça. Ou seja, para agilizar o processo, os pacientes devem entrar com ação judicial.
Prerrogativas
Os presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se posicionaram sobre a decisão do STF que condenou o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) a 8 anos e 9 meses de prisão e determinou a cassação do mandato do parlamentar e a suspensão de seus direitos políticos. Em entrevista coletiva, Lira rompeu o silêncio sobre o caso envolvendo o petebista e disse que apenas o Congresso Nacional pode “retirar o mandato parlamentar”.
Bens penhorados
O deputado estadual Kelps Lima (Solidariedade) defendeu nesta terça-feira 26 que os bens da governadora Fátima Bezerra (PT) sejam “penhorados” a fim de garantir que o Rio Grande do Norte terá de volta os R$ 5 milhões investidos na compra frustrada de respiradores no auge da pandemia de Covid-19. Kelps afirmou que, durante a CPI da Covid na Assembleia Legislativa, não foram reunidos elementos que apontem que a governadora teve envolvimento com alguma prática criminosa, mas ele diz que ela cometeu improbidade ao autorizar o encaminhamento dos recursos sem checar a reputação da empresa.