Somente nos três primeiros meses de 2021, mais de 2,4 mil casos foram inseridos no sistema do estado como um desses crimes.
Já em 2020, a polícia de Rondônia registrou 9.814 ocorrências de violência doméstica entre janeiro e dezembro, segundo dados do Sisdepol, o sistema da Polícia Civil do Estado.
Em entrevista ao G1 a presidente da Comissão de Direitos Sociais da Ordem dos Advogados do Brasil em Rondônia, ouvidora da Mulher e coordenadora de Combate a Violência contra a Mulher da CMA/Rondônia, Evanilde do Nascimento Marinho destacou que por falta de apoio, muitas mulheres não buscam a ajuda para denunciar o agressor.
“A participação da sociedade é muito importante na denuncia desses crimes. O atendimento à mulher deve ser forma humanizada, especializada, para que essa ela se sinta encorajada a estar buscando ajuda. Os órgãos de controle façam o seu papel para que haja redução dessa subnotificação e também para que essa mulher não seja mais um índice na estatística. Não seja mais uma vida perdida para o machismo estrutural, que infelizmente se encontra enraizado na nossa sociedade”, pontua.
A violência doméstica funciona como um sistema circular, o chamado Ciclo da Violência Doméstica, que apresenta três fases: tensão, explosão e lua de mel. No ciclo da violência, o agressor também é um abusador emocional. Além desse homem agredir fisicamente a companheira, ele a manipula por meio de palavras opressoras, deixando-a cada vez mais fragilizada.