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A menos de 6 meses da Olimpíada, o retorno de Bernardinho traz a esperança de mudanças na seleção brasileira.
Não só na filosofia de trabalho, como nomes e opções.
Ó blog conversou com alguns jogadores, no caso candidatos a uma das 13 vagas, e a maioria vê na chegada de Bernardinho a motivação que faltava na reta final das escolhas.
Um deles é o líbero Maique, do Minas.
O jogador avalia a gestão Renan Dal Zotto, fala em gratidão, portas abertas e afirma que entregou tudo que poderia independentemente de não ter sido tituoar.
Diz não ter qualquer ressentimento.
Maique admite que será um sonho poder trabalhar com Bernardinho. Ele pensa no crescimento como atleta e principalmente pessoal.
O líbero está muito motivado, focado, acredita em outra mentalidade e novo cenário em todas as posições.
O que achou do retorno de Bernardinho à seleção?
Eu fico muito feliz. Na verdade sempre tive o sonho de poder trabalhar com ele, mas quando cheguei em 2018 a seleção brasileira já estava sob comando do Renan. O Bernardinho aparecia em alguns treinos. A minha expectativa é que ajude no meu desenvolvimento como atleta e principalmente pessoal.
Como avalia os anos de trabalho sob comando de Renan?
Foi extremamente importante. Eu fui convocado primeiramente para um período de testes e conquistei honestamente meu espaço. Sou grato porque me abriu as portas e acreditou no meu potencial. Como segundo líbero, a seleção foi vice-campeã mundial em 2018, conquistamos uma Copa do Mundo e vencemos uma edição da VNL. Óbvio que a gente queria mais, mas como em todo trabalho, a seleção teve altos e baixos. O que eu digo é que o Renan e a comissão entregaram tudo que poderiam.
Você espera que o cenário em relação a disputa dos líberos mude com a chegada da nova comissão?
Sim. Óbvio. A tendência é que o cenário como líbero possa mudar e no geral também, outras posições. Provavelmente teremos uma nova comissão. Certamente as coisas serão diferentes. O que eu digo é que independentemente de nomes e funções, continuarei focado fazendo meu trabalho com dedicação, respeito e buscando evoluir todos os dias. Lá na frente será apenas consequência do que eu estou construindo e a escolha será dele.
Como é ser considerado o melhor da posição pela mídia e torcida e não acontecer o mesmo na seleção?
É o reconhecimento do meu trabalho e do que eu tenho apresentado no Minas e na seleção brasileira. A gente fica orgulhoso e motivado. Uma responsabilidade grande. É bom ser admirado e constatar o crescimento do esporte. Isso tudo é meu combustível diário, o que chamamos de motivação. Eu não tenho nenhum ressentimento. A comissão técnica tinha que fazer as escolhas e optou pelo que achou melhor no passado. Eu digo que sei do meu potencial e o que posso entregar, mas estar numa relação final não depende de mim. A gente depende dos outros, mas não existe nenhum tipo de frustração. Tenho minha consciência tranquila, até porque sempre me doei 100% dentro e fora de quadra.