O vôlei com conhecimento e independência jornalística
Gratidão.
É a palavra usada por Luizomar de Moura após realizar o sonho de disputar uma Olimpíada.
‘Preciso falar da FIVB, Federação Interncional de Vôlei, pela oportunidade e também como enxerga o voleibol pelo mundo. Agradecer a Federação do Kenya, atletas e ao treinador Paul Bitok. Não posso deixar de citar Osasco por entender e me liberar para representar o projeto e o Brasil no Japão’.
O treinador disse que a experiência foi indescritível e lembrou, guardadas as devidas proporções, a base do Brasil:
‘O projeto apresentado tinha muito do que desenvolvi durante quase 15 anos nas categorias de base da seleção brasileira. Sentir novamente o prazer de ensinar, compartilhar experiências e conhecimento foi o ponto fundamental. Sim, sabia das dificuldades mas a causa era nobre. O que essa seleção viveu no Japão será muito importante para o futuro e desenvolvimento delas.’
Luizomar ainda não definiu se continuará na seleção do Quênia, que lutará para ir ao mundial em 2022:
‘Meu compromisso era até o final dos Jogos Olímpicos. Estamos documentando todo trabalho para ser entregue aos responsáveis para darem ou não prosseguimento a etapas seguintes’
A medalha de prata conquistada pelo Brasil, segundo o treinador, precisa ser muito valorizada. Ele espera que abra portas e traga benefícios ao esporte:’
‘Foi uma campanha irretocável. Perderam para a melhor seleção do mundo na atualidade. Deixaram pelo caminho seleções como a Sérvia e a Rússia, independente do que (não) fizeram China e Itália. Essa medalha serve de incentivo ao vôlei feminino e torço para que as portas se abram trazendo benefícios ao esporte nesse período delicado de pandemia’.
O treinador confessou que foi estranho enfrentar suas atletas na Olimpíada e falou com carinho das jogadoras do clube e em especial de Roberta, ex-levantadora de Osasco:
‘Foi uma sensação esquisita, difícil jogar contra a Brait, estamos há muito tempo do mesmo lado, a última vez foi quando trouxe a líbero para Osasco quando ela jogava em São Caetano, acho que em 2006. Feliz pela Natália pela lesão e superação e em especial pela Roberta uma menina fantástica que merece esse reconhecimento’.
Perguntado sobre o caso Tandara, suspensa por causa de doping, Luizomar preferiu não se pronunciar.