Os times que fazem parte do grupo Libra fecharam um acordo de transmissão de jogos com a Globo. O contrato é válido de 2025 a 2029 e inclui o direito de transmissão em todas as mídias do grupo, com um valor total de R$ 1,2 bilhão.
A Globo concordou em pagar cerca de R$ 600 milhões no momento da assinatura, como uma antecipação. O valor ficou 11% abaixo do inicialmente previsto, que era de R$ 1,3 bilhão, devido à saída do Corinthians das negociações.
- Times da Libra: ABC, Santos, Atlético, Bahia, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Paysandu, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, São Paulo e Vitória.
- Times da Liga Forte União: Internacional, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Athletico-PR, Botafogo, Coritiba, Goiás, Fortaleza, América e Cuiabá.
O Corinthians deseja garantias de receber o mesmo valor que o Flamengo e está inclinado a assinar com a Liga Forte União. A alegação do Corinthians é que costuma ter mais audiência em São Paulo do que o Flamengo no Rio de Janeiro. Essa justificativa é vista como parcialmente verdadeira nos bastidores, especialmente nos últimos anos.
Ao longo dos últimos meses, os principais clubes do futebol brasileiro das séries A e B do Campeonato Brasileiro se uniram em dois grandes grupos – a Liga Forte União, resultado da fusão entre os grupos LFF (Liga Forte Futebol) e Grupo União, e a Libra – para negociar os direitos de transmissão de suas partidas a partir de 2025.
Com o contrato, a Globo garante pelo menos três jogos por rodada a partir do próximo ano, mantendo o modelo do seu pacote comercial de TV aberta do Campeonato Brasileiro, que arrecadou R$ 2,1 bilhões na última edição. A Globo tem um limite de gastos de R$ 2 bilhões para o futebol.
Em novembro de 2023, os 25 clubes que compõem o grupo Liga Forte União chegaram a um acordo com um grupo de investidores liderado pela gestora LCP (Life Capital Partners) para receber R$ 2,6 bilhões ao longo dos próximos 18 meses, em troca de 20% dos direitos comerciais do bloco por 50 anos, a partir de 2025. (Folhapress/Gabriel Vaquer e Lucas Bombana)