Das 16 caixas de som da avenida dos Andradas, resultado de um investimento de R$ 4,5 milhões do governo do Estado, era possível ouvir: “Meu Carnaval é fora, Zema!”. O desfile começou às 9h15 da manhã desta terça-feira (13).
A música foi criada pelo bloco e recebeu o nome de “Carnaval da Juventude”. A canção tocou junto com axés como “Levada Louca” e “Prefixo de Verão”.
O tom crítico já tinha sido estabelecido ainda na concentração do bloco. Um enorme totem com capivaras coloridas carregava no topo uma placa com os dizeres: “Fora, Zema”.
Do alto do trio elétrico, o apresentador ainda incentivou o público a gritar “Fora, Zema”. “O Carnaval é feito pelo bloco, pelos foliões, pelos ambulantes… Precisamos, sim, do poder público, mas ele está aqui apenas para dar apoio”, disse.
A cozinheira Beatriz Alves, de 24 anos, corroborou o grito. Filha de uma professora do Estado, ela afirmou que, no Carnaval, é o momento de expressar a insatisfação.
“Enquanto a população aproveita, ela expressa o que está sentindo em relação à governança do Estado. Para mim, infelizmente, o Zema não está atendendo os trabalhadores, os funcionários públicos. Ele não tem dado as mínimas condições de sobrevivência”, reclamou.