A irmã de Renata Fagundes, de 37 anos, foi ouvida na manhã desta segunda-feira (12) na Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher. A principal linha investigativa da Polícia Civil é de homicídio seguido de suicídio. No entanto, outras hipóteses não são descartadas. O caso está sendo investigado
A irmã de Renata Fagundes, de 37 anos, foi ouvida na manhã desta segunda-feira (12) na Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher, em Belo Horizonte. Conforme foi informado à reportagem de O Tempo por familiares da vítima, que ainda revelaram que durante a semana, mais pessoas da família serão ouvidas. A mulher e o filho dela foram encontrados mortos em um apartamento de luxo, no bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, no último sábado (10). A principal linha investigativa da polícia é, que a mãe matou a criança e, em seguida, se matou. Outras hipóteses não são descartadas pela Polícia Civil, que investiga o caso.
A irmã da vítima teve a identidade preservada a pedido de familiares. Em conversa com o a reportagem de O Tempo, familiares de Renata Fagundes, disseram que foi apresentado para a delegada, que está à frente do caso, áudios e vídeos que revelam o relacionamento conturbado que a vítima mantinha com o ex-marido. “Nós queremos esclarecer algumas lacunas e tirar algumas dúvidas sobre essas mortes. Minha família está arrasada. Hoje foram apresentados áudios e vídeos da Renata no banheiro mandando mensagem para algumas tias, em que dá para perceber a agressividade dele com ela. Queremos só esclarecimentos”, disse um familiar, que preferiu se manter anônimo.
Quando questionados porque o caso está sendo acompanhado pela Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher, familiares disseram que receberam por parte da Polícia Civil a orientação, que se trata da forma correta de se conduzir o caso. “É comum o caso ser acompanhado pela delegacia de crimes contra a mulher, quando é o ex-marido que encontra a mulher morta”, explicou um familiar.
Boletins de Ocorrência
Nossa reportagem teve acesso a cinco boletins de ocorrência envolvendo Renata e o ex-marido, todos datados em 2016, por questões ligadas à guarda do filho. “Já existem vários boletins de ocorrência entre eles, relacionados ao filho. As partes foram orientadas do que deverão fazer para entrarem em acordo, em relação a guarda compartilhada e demais conflitos”, diz um dos boletins de ocorrência.
Versão da mãe
Para a polícia, a mãe de Renata Fagundes disse que a filha sofria de depressão e não aceitava o fim do relacionamento. “Fazia acompanhamento psiquiátrico e tomava medicação para depressão”, relatou na ocorrência.
No entanto, familiares de Renata disseram a nossa reportagem que a mãe dela não se lembra de ter prestado tal informação para a polícia. “Perguntei hoje para a mãe da Renata porque ela prestou tal depoimento para a polícia. E ela falou que não se lembrava do que tinha dito, porque estava dominada pela comoção e tristeza da hora”, explicaram parentes da vítima, que afirmam que a mulher não fazia uso de antidepressivos.
Polícia Civil
Sobre o caso e a realização das oitivas a Polícia Civil informou, que foi instaurado inquérito. “A investigação encontra-se em andamento no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa. Tão logo os trabalhos avançarem, serão divulgadas novas informações”, concluiu a nota.