Nascido na Liberdade, o influenciador baiano Leozito Rocha mudou-se cedo para Itinga, onde mora atualmente. Em seus 13 anos como produtor de conteúdo, ele lembra das mudanças que experimentou ao longo de sua carreira como criador de conteúdo. “Eu era duro, vendia o almoço para comprar a janta. Mudei de vida”, conta o comediante de 32 anos, que possui 2,4 milhões de seguidores no Instagram. Leozito começou no YouTube postando vídeos de humor, era algo esporádico até que, em torno do oitavo ou nono vídeo postado, veio a visibilidade. Era um vídeo sobre brincadeiras infantis, como amarelinha e esconde-esconde. Ele começou no Instagram há quase 10 anos. “Mesmo criando conteúdo, eu trabalhava como assistente de administração, com carteira assinada”, lembra. No Instagram, até então, só havia permutas. “Minha primeira permuta foi de pulseira. Quem se alimenta de pulseira? Mas a rede social foi uma via que as pessoas descobriram. Pode ser um caminho legal que muita gente que estava aí desempregado. Muita gente está ganhando dinheiro e consegue seus objetivos, carro, casinha”. No entanto, a maturidade e o tempo de carreira fizeram com que ele aprendesse a escolher com quais marcas faria parceria. Hoje, é possível analisar não apenas a proposta financeira das marcas, mas também os valores, perfil e posicionamentos de cada empresa antes das parcerias. “Agora, a gente se reúne com a equipe, conversa. Graças a Deus, hoje tenho o poder de dizer ‘essa marca eu não quero fazer’”, diz. Para ele, mesmo com o grande número de influenciadores por aí, há espaço para novos criadores. “O sol brilha para todos. Tem muita gente boa surgindo e, às vezes, as marcas não estão preferindo gente que tem 10 milhões de seguidores, mas gente de 20, 30 mil porque agrega”. Mas Leozito alerta que o trabalho não é ideal para quem acha que vai para a rede social ganhar muito dinheiro. Se a pessoa já chegar com essa ideia, segundo o comediante, vai se frustrar. Além disso, ele defende que quem quer seguir carreira não descuide da saúde mental. Ele faz acompanhamento com psicólogo. “Você vai receber crítica até da família. Ajoelhe, peça a Deus discernimento. Ande com seu alho no bolso, faça seu bereguedê, seu patuá. Tem vários nichos. Humor, cabelo, beleza, veja o nicho que se adequa e vá em frente. Por mim, nascem oito milhões de influenciadores por dia, mas tenha cuidado com o psicológico. Se puder fazer terapia é bom”, alerta.