O Memorial do Brasil atrasa a inauguração devido a um impasse entre as vítimas e a empresa de mineração. O Memorial fica próximo à mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Um pavilhão de 1,5 mil metros quadrados, integrado a um amplo jardim, em um terreno de 9 hectares foi construído para familiares prestarem homenagens e denunciarem a tragédia que ocorreu em 2019. A mineradora Vale financiou a construção, porém, a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum) não aceita que a Vale administre o espaço. As obras estão concluídas desde 2022, mas a inauguração está atrasada devido ao impasse entre as vítimas e a mineradora. Em agosto de 2023, um acordo foi assinado para estruturar a Fundação Memorial de Brumadinho, que dará protagonismo aos familiares das vítimas na administração do espaço. A Vale confirmou a assinatura do acordo e informou que a Fundação Memorial de Brumadinho será responsável pela gestão do Memorial. O pavilhão contará com um grande espaço de meditação e uma vista para o jardim, com 272 ipês amarelos plantados em homenagem a cada uma das vítimas. O projeto do memorial é assinado pelo arquiteto Gustavo Penna, escolhido pelas vítimas. O espaço inclui uma série de referências às vítimas e procura ressignificar a tragédia usando peças retiradas dos escombros. O memorial também contará com um percurso de 230 metros que provocará reflexões sobre as consequências da tragédia e o luto.