Construção de parque impactará na economia do Litoral Norte Crédito: Divulgação
Com capacidade para receber até 7.000 visitantes por dia, o Hot Park Baía das Tartarugas, que será construído no Complexo Costa de Sauípe no município de Mata de São João, a 76 km de Salvador, vai movimentar toda a cadeia econômica do Litoral Norte. A previsão é de começar a construção no ano que vem e ficar pronto em 2027. Como o parque também oferecerá o formato day use, os visitantes poderão se hospedar em outros locais da região, frequenatr bares e restaurantes fora do complexo, fazer compras nas lojas, além de impulsionar o comércio de serviços e o mercado de trabalho.
Questionado sobre a quantidade de empregos que serão gerados com o novo equipamento, o diretor de operações da Aviva, empresa proprietária do complexo, Paulo Schneider, foi cauteloso. “Estamos finalizando a definição dos cargos. Vamos ter diversos pontos de venda de gastronomia, restaurantes, quiosques, operação executiva, operação dos equipamentos, equipe de manutenção… “, lista. Ele evitou cravar um número, mas o secretário de Turismo do Estado, Maurício Bacellar, adiantou os dados repassados pelo grupo Aviva à pasta. “Informaram que, quando estiver funcionando, o parque vai gerar 1200 empregos diretos e mais de 3600 indiretos”, disse.
A expectativa de visitantes no parque é de 1,2 milhão de pessoas por ano. “O parque vai aumentar o faturamento deles em mais 12%. Ou seja, um faturamento de R$ 140 milhões”, acrescenta o secretário de Turismo do Estado.
Turismólogo e coordenador da Turisforte (Associação Comercial e Turística da Praia do Forte), Leandro Fiori, informa que há muito tempo o parque aquático é esperado pelo setor e que a expectativa é de que o equipamento irá fomentar mais ainda o turismo na região. “Vai colocar o destino ainda mais na vitrine para o já frequente público familiar da Praia do Forte”.
Ele avalia ainda que o formato day use beneficia diretamente toda cadeia hoteleira de Praia do Forte, que conta com cerca de 1500 unidades habitacionais entre pousadas, hotéis e resorts, além dos cerca de 50 bares e restaurantes e todo comércio e serviços locais.
O que deixa os associados da Turisforte animados é que, ao olharem os exemplos de outros destinos que possuem parques temáticos pelo Brasil, como Olímpia (SP), Aquiraz (CE), Rio Quente (GO) é visível o quanto a implantação desses equipamentos contribuíram para o desenvolvimento econômico de todo o seu entorno. Para o Litoral Norte, a expectativa é que essa fórmula se repita. “Acredito que o Hot Park vai atrair muito público de outros resorts da região da Linha Verde, porque eles estarão próximos de um dos maiores parques aquáticos do Brasil”, reforça o gerente geral de Entretenimento e Parques da Aviva, Oliver Krause.
O secretário municipal de Mata de São João, Alexandre Grassi, também está otimista. “A chegada do Hot Park vai movimentar muito a região, como aconteceu em Rio Quente, porque os turistas que vão conhecer o parque ficam nos hotéis do complexo, mas ficam também fora e isso consegue movimentar a economia de toda cidade”.
Grassi diz que, quando o Hot Park Baía das Tartarugas estiver em operação os turistas que preferirem não ficar no Complexo Costa de Sauípe vão poder buscar hospedagens em Praia do Forte, Imbassaí, Diogo e na Vila de Santo Antônio. Ele informa que Mata de São João possui 9.710 leitos, distribuídos entre cinco resorts, hotéis e pousadas, fora as opções de casas para aluguel de temporada. O secretário de Turismo do Estado ressalta que a zona turística Costa dos Coqueiros é a que tem mais investimento previsto para ser feitos até 2030, chegando a US$ 1,2 bilhão. Segundo ele, o parque aquático de Sauípe é um dos principais investimentos dessa zona turística.
A expectativa é que Camaçari, Mata de São João, Entre Rios, Esplanada, Conde, Jandaíra e Lauro de Freitas serão impactados com a implantação desse parque. “Isso vai gerar fluxo turístico nesses outros municípios, porque tem infraestrutura que corta toda a zona turística. O turista quando vai para um destino ele não quer ficar só ali no destino, ele quer circular nesse destino”, analisa. Um estudo realizado pelo Observatório do Turismo mostrou que, após a pandemia, o tempo de permanência do turista nacional na Bahia aumentou em 40%. “Há um esforço grande para trazer um turista pra determinado destino. Quando ele está no destino, nosso esforço é para aumentar o tempo de permanência dele ali”, explica, reforçando que acredita que a implantação de um parque aquático contribui para isso.
*A repórter esteve em Sauípe a convite do grupo Aviva