A Ilha de Gorée, localizada na África, é um monumento vivo da escravidão negra. O local foi um ponto crucial para o tráfico de africanos para as Américas. Gorée é descrita como sendo “muito pequena em tamanho, mas muito grande em história” por Mamadou Bailo Diallo, um guia que trabalha na ilha. Sendo assim, por sua localização privilegiada, relativamente distante da costa e de frente para o Oceano Atlântico, a ilha foi um ponto crucial para o embarque forçado de africanos para as colônias europeias nas Américas.
Por sua importância histórica, a Ilha de Gorée se tornou um local de grande visitação, com centenas de milhares de turistas indo até lá todos os anos. Declarada como Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, a ilha é conhecida por sua hospitalidade e carisma do povo senegalês, que tem o costume de teranga, um estilo acolhedor, pacífico e simpático.
Um dos pontos mais dramáticos de uma visita à ilha é a Casa dos Escravos, que serve como um museu que conta a história da escravidão negra em detalhes. A casa foi visitada por inúmeros chefes de estado, incluindo ex-presidentes como Barack Obama e Luiz Inácio Lula da Silva, além de artistas famosos como o grupo Jackson Five e o cantor Michael Jackson.
A história da ilha, desde sua ocupação por portugueses em 1536, sua colonização por diferentes países europeus, até a conquista da independência do Senegal, é um lembrete do legado da escravidão e da importância de preservar a liberdade e respeitar a história dos outros.