Com o aumento de casos de dengue em Minas Gerais, as ações de combate ao mosquito Templos dos Egípcios estão sendo intensificadas. A preocupação em testar positivo para a doença (veja os números abaixo) é presente em todos, principalmente em idosos e crianças.
O médico infectologista e epidemiologista cooperado da Unimed-BH, Carlos Starling, explica por que a dengue é mais grave nestes públicos. “Os idosos, geralmente, já têm algum nível de outra doença que os debilite. Por exemplo, hipertensão, diabetes e alguma outra comorbidade que exija uso contínuo de corticoides e às vezes já faz uso de anticoagulante. Essas situações tornam os idosos mais vulneráveis”, comenta.
Nas crianças, o cuidado deve ser redobrado. “Crianças muito pequenas, abaixo de 4 anos, em geral, também têm o maior risco de desidratação rápida, da mesma forma que idosos”. A desidratação, conforme pontua Starling, leva os mais velhos a desenvolver confusão mental e, consequentemente, quadros clínicos mais graves.
“Em crianças, a confusão mental e a irritabilidade são sinais importantes de que ela deve ser acompanhada de perto pelo serviço de saúde”, informa.
Dengue em MG
O Painel de Monitoramento de Casos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) aponta que o Estado contabiliza, até esta quinta-feira (8 de fevereiro), 50.791 casos confirmados e 12 mortes.
Minas Gerais vive uma epidemia da doença e o governo já decretou situação de emergência. Com a determinação, é possível acelerar os processos para a aquisição de insumos e materiais para o tratamento médico dos pacientes. A situação de emergência é válida pelo período de 180 dias.