Isabela Gentil, de 20 anos, foi atingida por um disparo no rosto no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha, em setembro de 2019: o mandante do crime foi o namorado dela, à época com 26 anos
Dezenove anos de prisão foi a sentença dada pela Justiça de Minas Gerais à noite de terça-feira (13) para o namorado de Isabela Gentil, assassinada com um tiro no rosto em setembro de 2019 no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha. O crime ocorreu à luz do dia em frente à loja recém-alugada pela mulher. Para o Tribunal do Júri, o suspeito, hoje com 28 anos, confessou ter mandado matar a namorada, mãe do filho deles à época com seis meses de idade. Ele disse que a morte de Isabela custou R$ 5 mil.
Após cerca de cinco horas de sessão, ele recebeu condenação pelo homicídio triplamente qualificado de Isabela – feminicídio, motivo torpe e mediante dissimulação – e por corrupção de menores. O segundo crime refere-se ao fato de que os executores do assassinato foram dois adolescentes, que teriam recebido a quantia prometida pelo suspeito.
Confrontado com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o suspeito assumiu ser o mandante do crime. Segundo ele, a decisão de matar Isabela foi tomada após a descoberta de uma traição – à ocasião do crime, de acordo com testemunhas, a mulher havia tentado terminar o relacionamento com o criminoso, que era pai de seu filho. Em relação à acusação de corrupção de menores, ele disse que pagou os R$ 5 mil para um matador, e este é que teria designado os adolescentes para o homicídio. No julgamento, o suspeito disse ter se arrependido do crime.
Relembre
Isabela Gentil Reis Costa da Silveira, de 20 anos, foi morta com um tiro no rosto em 6 de setembro de 2019, no bairro Santa Amélia, na região da Pampulha. Um dia após o crime, o namorado dela – condenado nesta terça-feira (13) – foi detido pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte. O suspeito e Isabela namorava há cerca de três anos, e eram pais de um bebê de cinco meses à época do homicídio.
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