O mercado de veículos eletrificados no Brasil, modelos movidos 100% por bateria e híbridos, cresceu 47% no primeiro semestre. No total, entre janeiro e junho, foram emplacadas 20.427 unidades contra 13.899 exemplares no mesmo período do ano passado.
Até junho, a Audi só atuava no país com carros 100% elétricos, não tinha em seu portfólio nacional nenhum automóvel híbrido que pudesse ser recarregado na tomada. A estreia do fabricante alemão é com o Q5, SUV que foi atualizado esteticamente há um ano.
Chamado de Q5 TFSIe, esse Audi é oferecido a partir de R$ 438.990 e é equipado com o motor 2 litros turbo a gasolina, que rende de 252 cv de potência e 37,7 kgfm de torque, aliado a um propulsor elétrico que desenvolve 143 cv e 35,7 kgfm. A potência combinada, que não é a soma direta do rendimento de cada motor, é de 367 cv e o torque é de 51 kgfm.
O Q5 concorre com os BMW X3 e X4, o Lexus NX, o Mercedes GLC e o Volvo XC60 |
A propulsão trabalha com uma transmissão automatizada de dupla embreagem de sete velocidades e a tração é integral sob demanda, chamada pela Audi de quattro. Com esse conjunto, o Q5 híbrido acelera de 0 a 100 km/h em 5,3 segundos e alcança a velocidade máxima limitada de 210 km/h.
A bateria, que fica abaixo do piso do porta-malas, pesa 142 kg e tem capacidade de armazenamento de energia de 17,9 kWh. Graças a ela, o Q5 pode chegar aos 135 km/h no modo totalmente elétrico, com autonomia de até 62 quilômetros. De acordo com a Audi, o tempo de carregamento é de 10 horas em uma tomada residencial ou 2h30 quando é utilizado um carregador rápido.
Inteligência
Quando o motorista retira o pé do acelerador, o sistema de gerenciamento de direção decide, conforme a situação, entre a desaceleração com o motor desligado e a recuperação de energia, ou seja, a recuperação de energia cinética e sua conversão em energia elétrica.
O propulsor elétrico realiza todas as desacelerações leves de até 0,1 g e pode gerar uma potência de até 25 kW. A recuperação do freio se estende até 0,2 g e pode recuperar até 80 kW de energia elétrica. Já os freios a disco hidráulicos são acionados somente durante desacelerações maiores que 0,2g.
Tive a oportunidade de guiar o Audi Q5 híbrido no percurso entre São Paulo e Paraty, no Rio de Janeiro. Na prática, os números que parecem pequenos, no final de um trajeto mais longo, refletem uma economia considerável de combustível. O consumo médio no trecho rodoviário aferido chegou aos 19,5 km/l.
Ao utilizar o GPS nativo do veículo, o carro sugere o melhor modo de condução para chegar ao destino, privilegiando o consumo de combustível.
Em relação à dirigibilidade, o destaque fica para a arrancada vigorosa ao se pisar no acelerador, reflexo dos 35,7 kgfm de torque do motor elétrico. Mesmo 2 kgfm menor que o do motor a combustão, garante muita agilidade pelo fato de estar disponível de imediato. Na propulsão elétrica não é preciso esperar a rotação subir para atingir a força máxima.
A suspensão é muito bem calibrada, oferecendo um bom equilíbrio entre conforto e esportividade.
Mercado
Produzido no México, o Q5 híbrido é oferecido em quatro opções no Brasil. São duas com a carroceria estilo SUV: Performance (R$ 438.990) e Performance Black (R$ 464.990). Com a silhueta coupé, as versões são as mesmas, mas os preços maiores: Performance (R$ 468.990) e Performance Black (R$ 494.990).
A bateria do sistema híbrido tem garantia de oito anos ou 160 mil km |
Além da versão híbrida, o Q5 também é oferecido em configuração tradicional a combustão. O motor 2 litros turbo foi ajustado para entregar 265 cv de potência e 37,7 kgfm de torque. Transmissão e tração são as mesmas do híbrido. A opção mais barata (Prestige) custa R$ 369.990.
Esse Audi tem entre os concorrentes os BMW X3 e X4, o Lexus NX, os Mercedes-Benz GLC e GLC Coupé e o Volvo XC60.
O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA AUDI