O Palmeiras treinou nesta terça-feira com um reforço de peso no campo. Recuperado de uma fratura no dedo do pé esquerdo sofrida no clássico contra o Corinthians, o capitão Gustavo Gómez participou de toda a atividade e está próximo de retornar aos jogos oficiais. O jogador paraguaio não estará presente no duelo contra o Novorizontino nesta quinta-feira, pela semifinal do Paulistão, mas caso o Palmeiras avance para a final, o zagueiro tem grandes chances de ser novidade no time.
A presença de Gómez no treino serviu de incentivo para o elenco e também ajudou na orientação tática. O defensor é um líder importante no Palmeiras e é considerado a “voz” de Abel Ferreira dentro de campo. Durante o treino especializado por setor, o jogador paraguaio contribuiu na organização defensiva da equipe alviverde.
Abel Ferreira tem alertado repetidamente seu time sobre os perigos que o Novorizontino pode representar no Allianz Parque e está trabalhando incansavelmente todos os setores da equipe. Além da defesa, o treinador também vem orientando bastante o setor ofensivo durante os treinos.
Além disso, o técnico do Palmeiras reduziu o espaço de jogo durante os treinos para ensaiar diversas situações. Ele está ciente de que a equipe do interior irá jogar de forma mais defensiva e procurou ajustar o setor ofensivo para superar a marcação adversária. Ao mesmo tempo, aprimorou a defesa para evitar possíveis contra-ataques.
Enquanto trabalha com o elenco principal na ausência de Gustavo Gómez, o jovem Vitor Reis falou sobre a experiência dos treinos e sua emoção ao ficar no banco contra o Botafogo, na Arena Barueri.
“Foi um sonho realizado, né? Às vezes eu paro, olho para os jogadores e penso ‘nossa, estou realmente vivendo isso?’. A forma como fui acolhido, como fui recebido, eu me senti confortável aqui”, disse o jogador da base. “Os jogadores sempre conversam comigo, Luan, Mayke, vários jogadores, e isso é muito importante para um garoto da base ganhar confiança. Tenho certeza de que quando eu entrar em campo, estarei bem acolhido, concentrado e confiante.”
No clube desde os 10 anos, Vitor Reis também compartilhou um pouco da sua história nas categorias de base do Palmeiras. “Sou de São José dos Campos. Comecei no futebol em uma escolinha. Com dez anos, um olheiro do Palmeiras me viu, o Jorge. Houve um amistoso na escolinha e ele gostou de mim e de alguns outros garotos. Vim fazer testes por um tempo, mas não conseguia ficar regularmente por causa da escola, tinha que ir e voltar. Aos 11 anos, eu me estabeleci, continuei e foi ótimo”, contou.
Apesar de sonhar com a estreia no time principal, o defensor já teve seu nome citado entre os 60 jogadores mais promissores do mundo e se alegra por ter olheiros acompanhando seu desempenho. Ele é o capitão do Palmeiras nas equipes de base e busca seguir os passos de Gustavo Gómez.
“É muito importante passar toda essa vida dentro do clube. Cresci aqui como pessoa e como atleta. É muito gratificante para mim chegar até aqui, porque sei que a trajetória em um clube gigante como este não é fácil”, afirmou. “Mas, graças a Deus, tive uma ótima trajetória, com altos e baixos, como é normal, mas foi muito boa, com vários títulos. Em quase todas as categorias, fui capitão, mostrando minha liderança, o que foi muito importante.”