O vôlei com conhecimento e independência jornalística
O início da temporada não poderia ter sido melhor.
O Vedacit/Guarulhos conquistou o título inédito de campeão paulista há 2 meses em uma final emocionante contra o tradicional Suzano.
Para a maioria, o responsável foi Nery Tambeiro.
O técnico, traído pelo Minas onde trabalhou quase uma década, mostrou resultados imediatos ao chegar.
A conquista naturalmente gerou enorme expectativa para a disputa da Superliga. Semifinalista na temporada passada, Guarulhos ganhou o direito de sonhar com voos mais altos.
Só que a empolgação deu lugar à frustração.
Guarulhos, de cara, sofreu 3 derrotas consecutivas.
A ressaca pelo título estadual não servia como justificativa. Todo bônus tem seu ônus.
Se a conta positiva foi mérito de Nery Tambeiro, o saldo negativo também poderia ser atribuído a ele.
Assim funciona a cultura do esporte no país.
E por que Guarulhos parou se o grupo que ganhou o estadual era rigorosamente o mesmo?
Nery Tambeiro colocou em prática o lado gestor. E o reflexo da gestão é o engajamento dos colaboradores.
O gestor antes de gerenciar a equipe, primeiramente deverá gerenciar as emoções dos envolvidos.
Era preciso resgatar a confiança.
Nery sabe que confiança é algo que se consegue com o tempo mas se perde em segundos.
E o excesso de confiança não traz segurança, e sim acomodação.
Guarulhos trabalhou em silêncio e deixou o fatídico novembro, onde perdeu tudo que disputou, literalmente para trás.
E dezembro está sendo o mês do alívio, onde Guarulhos ganhou tudo que disputou.
Foram 4 vitórias consecutivas.
A produtividade não é responsabilidade do colaborador, mas de seu gestor.
É aquilo: o bom gestor gerencia a equipe pela afetividade, compreensão e sabedoria das palavras.