O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), respondeu às críticas dos opositores em relação ao Orçamento da capital aprovado na Câmara Municipal para o próximo ano. Segundo o chefe do Executivo, vários “pseudoespecialistas” têm opinado erroneamente sobre o assunto. Para o prefeito, “tem que ser muito burro” para achar que ele deixaria a prefeitura com saldo negativo, levando em conta sua trajetória como economista.
As declarações de Fuad acontecem após os vereadores terem aprovado nesta semana o Orçamento de 2024 da PBH. A peça, feita em agosto pelo Executivo, estima um déficit de R$ 183 milhões no próximo ano. Desde então, vários vereadores de oposição e pré-candidatos à prefeitura têm acusado Fuad de “má gestão” e de “quebrar a prefeitura”.
“Eu cuidei do Orçamento da União, do Orçamento do Estado e também do município de Belo Horizonte. Nunca dei déficit na minha vida. Como prefeito no último ano de mandato, eu vou dar déficit pela primeira vez? Tem que ser muito burro. Isso é loucura. Só quem não conhece de Orçamento é que fica com essas preocupações. Eu vejo pseudoespecialistas falando tanta bobagem, que o mundo vai acabar, que a prefeitura vai quebrar… não tem nada disso. Quem falou isso vai ter que engolir, porque Orçamento é a coisa mais cuidadosa da prefeitura”, afirmou Fuad nesta quarta-feira (13), durante agenda conjunta com o governador Romeu Zema (Novo).
O prefeito garantiu que não há qualquer preocupação com os cofres do município para 2024. Segundo ele, o Orçamento é uma peça que sofre variações no decorrer do ano, a depender da arrecadação. Ele citou como exemplo os recursos da Lei Paulo Gustavo e do piso da enfermagem, que não estavam na previsão orçamentária da prefeitura deste ano, mas foram incorporados à receita do município.
“Orçamento é uma estimativa, não quer dizer déficit. Quer dizer que existe um risco de que, se a receita e a despesa se comportarem como estão previstas, existe essa estimativa. A receita eu não controlo, mas a despesa eu controlo, de modo que eu vou administrar o Orçamento dia a dia. Orçamento é isso, é uma trilha, que é feita em agosto com as informações que você tem naquele momento. E aí, à medida que o ano vai acontecendo, você vai adaptando e monitorando. Muitas receitas acontecem no ano em exercício”, explicou o prefeito.