Mulher agredida por 6 horas pelo ex-marido teve dentes quebrados e múltiplos hematomas no corpo
Márcio de Oliveira, que é professor de jiu-jitsu, descumpriu medida protetiva e também é investigado por tentativa de estupro
Publicado em 30 de janeiro de 2024 às 20:55
O exame de corpo de delito, realizado no Instituto Médico Legal (IML) horas após Adriana Freitas de Barros, de 48 anos, denunciar à polícia ter sido espancada e torturada pelo ex-marido, o professor de jiu-jitsu Márcio de Oliveira, aponta que a vítima teve os dentes quebrados, cortes nos lábios e múltiplos hematomas pelo corpo.
Segundo o jornal Extra, o laudo foi registrado pelo médico-legista como lesão corporal “praticado por ação contundente”.
A polícia aguarda ainda o resultado de um segundo exame de corpo e delito para apurar se Adriana, que foi feita refém por um período de seis horas enquanto estava no carro do ex-marido, também sofreu abuso sexual pelo suspeito.
Em depoimento, a mulher contou que chegou a ser arrastada pelo ex-companheiro até um motel, próximo à Irajá, na Zona Norte, onde “ele teria tentado abusar sexualmente dela”, segundo o registro de ocorrência. A polícia também analisa imagens de câmera de segurança que possam corroborar para a investigação.
Segundo os agentes, o ex-marido, por ciúmes da vítima, foi de Jacarepaguá até Petrópolis a torturando.
Márcio de Oliveira foi preso, nesta segunda-feirapor policiais da 27ª DP (Vicente de Carvalho). De acordo com a polícia, a prisão em flagrante ocorreu porque Márcio também havia descumprido uma medida projetiva de março de 2023 por lesão corporal.
A violência sofrida por Adriana na madrugada de sábado foi registrada na delegacia no domingo como “lesão em âmbito de violência doméstica”. Se condenado, o suspeito pode pegar de 5 a 8 anos de prisão.
Márcio chegou a confessar em depoimento aos agentes que “se arrepende de ter machucado ela (a vítima). E que fez tudo isso por não aceitar o término do relacionamento”. Ele estava escondido na casa do pai, ex-sogro da vítima, no bairro Quintino Bocaiúva, na zona Norte do Rio, quando foi localizado pelos agentes.
O professor de jiu-jitsu foi denunciado pela vítima que conseguiu escapar se jogando do automóvel em movimento após ser espancada, mordida, enforcada, xingada e ter dedos e punhos torcidos.