As competições chegaram ao fim para o Bahia e o momento agora é de reformular o elenco pensando na próxima temporada. Entre os setores que deram dor de cabeça ao time em 2023, o ataque deve receber uma atenção especial.
No primeiro ano sob a gestão do Grupo City, o Esquadrão passou longe de ter um centroavante que fosse unanimidade entre os tricolores. A aposta em Everaldo não se mostrou certeira. O camisa 9 demorou para marcar o primeiro gol e acumulou longos períodos sem balançar as redes durante o Brasileirão.
Mesmo assim, “Eve” terminou o ano como artilheiro da equipe. Ao todo ele anotou 20 gols em 60 jogos. Uma média de 0,33 gols por partida. Do total, sete foram marcados em cobranças de pênaltis.
Com exceção da Copa do Brasil, Everaldo foi goleador máximo do tricolor em todas as competições que o clube disputou. Foram nove tentos na Série A, seis no Campeonato Baiano e três na Copa do Nordeste.
Na lista de artilheiros, aparecem na sequência: Biel (11), Cauly (10), Ademir, Thaciano e Jacaré (seis cada um), Rafael Ratão e Rezende (ambos com quatro).
Ter um “homem-gol”, no entanto, se mostrou um problema para o Bahia. Durante o ano, Everaldo alternou entre a titularidade e o banco de reservas. A sombra na disputa pelo posto de referência também não viveu grande fase. Vinícius Mingotti foi contratado para substituir Ricardo Goulart – que se aposentou após o Campeonato Baiano -, e marcou apenas dois gols em 17 jogos.
Renato Paiva chegou a apostar no garoto Arthur Sales, mas ele também não vingou e deixou o clube em julho após 14 jogos e quatro gols. Já na reta final do Brasileirão, Rogério Ceni optou por um ataque mais móvel, sem a presença de um jogador de área. A formação deu certo nas goleadas por 5×1 sobre o Corinthians, na Neo Química Arena, e 4×1 no Atlético-MG, na Fonte Nova.
Como Mingotti não terá o contrato renovado e já se despediu do clube baiano, o Bahia irá ao mercado em busca de um novo centroavante. Este ano, a diretoria sondou a situação do brasileiro Carlos Vinícius, que defende o Fulham, mas não chegou a um acordo.
Vale lembrar que Everaldo possui mais dois anos de contrato com o Bahia e tem certo prestígio com o técnico Rogério Ceni. Uma outra opção para iniciar o ano é improvisar Rafael Ratão no setor. Ele treinou como 9 após a chegada de Ceni, mas acabou perdendo espaço na reta final da temporada.
No retrospecto geral, o cenário do Bahia é positivo quando o assunto é o número de gols. Ao todo, o Esquadrão anotou 93 tentos em 67 partidas por quatro competições diferentes. Foram 50 na Série A, 14 na Copa do Brasil, nove na Copa do Nordeste e 20 no Campeonato Baiano.
Como sofreu 85, o time terminou o ano com saldo de oito gols. No entanto, o desempenho foi negativo na Série A do Brasileirão (50 marcados contra 53 sofridos) e na Copa do Nordeste (nove contra 15).