Promovido pelo Instituto Adotar, concerto na Sala Minas Gerais terá duas sessões e promete não só encantar, mas tocar o coração do público
É ao som de Michael Jackson (1958-2009) que 70 artistas vão subir neste sábado (14) ao palco da Sala Minas Gerais para um evento que promete não só encantar os olhos e os ouvidos, mas também tocar o coração dos espectadores.
O “Michael In Concert”, que terá duas apresentações, é um espetáculo musical focado no repertório do Rei do Pop e composto por orquestra, banda, grupo de canto, backing vocals, solistas e dançarinos. O objetivo principal do evento é angariar fundos, sendo que parte da renda é destinada para realização das atividades do Instituto Adotar, instituição sem fins lucrativos que, desde 2010, luta pelos direitos de crianças e de adolescentes institucionalizados e vulneráveis e incentiva a adoção.
Mônica Rodrigues Corrêa, fundadora do Adotar, explica que, ao longo de seus 11 anos de atuação, o instituto sempre promoveu várias atividades lúdicas, culturais e esportivas que possibilitassem o desenvolvimento de oficinas com crianças e adolescentes acolhidos em instituições para estimular a socialização, a cidadania e o desenvolvimento do protagonismo e da autonomia. “Uma dessas ações era exatamente o concerto que a gente fazia semestralmente, e eram essas crianças e adolescentes que eram as estrelas. As apresentações eram resultado das oficinas. Mas, com a pandemia e a necessidade do isolamento, tudo ficou mais complicado”, comenta.
No entanto, já que o show literalmente tem que continuar, Mônica, que sempre contou com a parceria do maestro José Vilar, decidiu criar uma superprodução com artistas de várias áreas (todos são voluntários). Vilar, aliás, que tem um trabalho bastante reconhecido no exterior, é o responsável pela orquestração, arranjos vocais, ensaios, regência, arte e direção do concerto.
“Nós nunca vendemos ingressos para essas apresentações; a gente distribuía convites. Mas, com essa coisa da pandemia, de não ter como ensaiar com as crianças e adolescentes, decidimos convidar artistas para se apresentarem e cobrar ingressos para ajudar na manutenção do Adotar e dar continuidade ao nosso trabalho”, frisa Mônica, lembrando que até a ajuda financeira ficou mais escassa nesse período. “Todo mundo que trabalha no nosso instituto é voluntário. Já que neste ano não podemos fazer com os meninos, vamos fazer para eles”, frisa.
Ainda há ingressos disponíveis, e, caso alguém ainda esteja com receio de ir para a rua, em função da pandemia, pode adquirir a sua entrada e destinar para que uma criança ou adolescente institucionalizado em casa de acolhimento possa ir e desfrutar do espetáculo. Mônica Corrêa acrescenta que, além de incentivar as famílias para a adoção, acompanhando todo o processo (antes, durante e depois), o Adotar faz um trabalho social nos abrigos e casas que acolhem as crianças e adolescentes que poderão ser adotados. “A meta principal é que elas sejam adotadas, mas, como muitas não serão, oferecemos um suporte para essas casas de acolhimento, ajudando a suprir as necessidades básicas de aproximadamente 500 crianças e adolescentes”, explica.
O Instituto Adotar ainda atua em outras frentes de solidariedade. “A nossa ação não se restringe ao universo da adoção. Desenvolvemos um trabalho com idosos, com moradores de rua, com famílias carentes e em situação de vulnerabilidade. E, quanto mais gente ajudar, mais pessoas serão beneficiadas. Costumo dizer que não só a adoção, mas o Adotar faz milagres”, salienta ela, que é mãe de duas meninas gêmeas que foram adotadas ainda bebês.
Interessados em ajudar o Instituto Adotar: instagram.com/institutoadotar/ ou pelo telefone (31) 9337-2426.
SERVIÇO:
“MICHAEL IN CONCERT” – concerto beneficente
Apresentações no sábado (14), às 18h e às 20h30, na Sala Minas Gerais (rua Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto)
Ingressos: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)
Vendas: bit.ly/michael-in-concert
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