Jornalista mineira Tábata Poline fala sobre ‘Fé na Vida’, atração que viajou pelo país atrás de histórias inspiradoras
O segundo semestre de 2021 foi de mudanças e de novos desafios para a jornalista mineira Tábata Poline. Ela, que desde 2019 apresentava o “Rolê nas Gerais”, na Globo em Minas, ao lado de Renata do Carmo, se mudou da capital mineira para o Rio de Janeiro após receber um convite de Bruno Bernardes, diretor do “Fantástico”, para integrar a equipe de repórteres do “Show da Vida”. Pouco tempo depois, Tábata recebeu outro convite, também de Bruno, dessa vez para participar de um projeto, um especial de fim de ano, que ele estava desenvolvendo na emissora.
Convite aceito, a mineira e o também repórter Murilo Salviano iniciaram uma jornada por todas as regiões do Brasil com uma missão: contar histórias inspiradoras de pessoas que, mesmo impactados com a pandemia, não tiveram outra opção a não ser seguir em frente em busca do próprio sustento, mas sem perder a esperança de que tudo vai melhorar em 2022. Os relatos colhidos por Tábata e Murilo estarão no especial “Fé na Vida”, que a Globo exibe nesta terça-feira (28), quarta-feira (29) e quinta-feira (30) após a novela “Um Lugar ao Sol”.
“O ‘Fé na Vida’ é um projeto que veio para a gente de um jeito especial. Foi uma escolha da Globo fazer o encerramento de fim de ano de um jeito diferente, e não com a retrospectiva, como sempre aconteceu”, comenta a jornalista mineira.
“Fizemos esse programa que não tem nada de romântico, que mostra o Brasil de verdade, que tenta seguir em frente. O ‘Fé na Vida’ nada mais é do que as histórias desses brasileiros, que foram brutalmente atravessados pela pandemia, e agora, graças à vacinação, estão conseguindo voltar a respirar, retomar projetos”, explica.
“São histórias, com perspectivas diferentes, de pessoas que foram impactadas pela pandemia. E para a maior parte dessas pessoas resiliência não é uma opção, é uma questão de vida. São pessoas que já sofrem muitos tipos de desigualdade, a pandemia veio para potencializar essa injustiça. E mais uma vez a gente vê como essas pessoas se tornam fortes, solidárias, diante de tanta coisa ruim que a gente vê acontecendo”, acrescenta Tábata. “Não é um recomeço, porque essas pessoas nunca pararam, são histórias de novos significados, de novas partidas, de voltar a acreditar que os projetos podem acontecer e dar certo”, diz a mineira.
Ela e Murilo Salviano percorrem, ao todo, dez Estados brasileiros atrás dessas histórias. “Foram cerca de três meses de trabalho nesse projeto. Foi algo grande e executado em um curto espaço de tempo”, pondera. E ter contado com essas histórias foi algo que marcou Tábata. “Foi uma das experiências mais incríveis e profundas que eu já tive, e não só no campo profissional. Porque o que eu sou profissionalmente é fruto do que eu sou como ser humano”, afirma.
“Eu acabei me reencontrando com os meus, com os nossos; acabei me vendo em muitas histórias, assim como minha família e também meus conhecidos. A distância geográfica no Brasil é enorme, e essa experiência me proporcionou uma proximidade com essas pessoas que me fez me sentir única”, observa. “O mesmo olhar que eu encontrei no subúrbio do Rio de Janeiro eu encontrei em Parintins”, ressalta a repórter, que defende que o “Fé na Vida” é uma oportunidade para as pessoas também conhecerem “o Brasil que a gente tem e que não está estampado nos jornais e na TV”. “Porque ninguém, por exemplo, ia parar para ouvir a dona Maria lá em Parintins, mas a gente parou. Nesse projeto, a Tábata repórter saiu um pouco de cena e entrou a Tábata ouvinte”, afirma.
Mineira no Rio de Janeiro
Nascida e criada na região Nordeste de Belo Horizonte, Tábata Poline afirma que mudar para o Rio de Janeiro foi um passo importante na carreira e que ser convidada para fazer parte do especial “Fé na Vida” foi uma grata surpresa. “Não esperava por isso, de jeito nenhum”, diz ela, aos risos. “É um projeto que vai encerrar a programação de fim de ano da Globo. Ele é especial não por estar na grade, mas sim pela essência dele. Isso é realmente o que eu sempre quis fazer”, comenta a mineira. “Há uma grandiosidade pelo alcance, porque eu sei que o ‘Fé na Vida’, por estar no horário nobre e na Globo, vai conseguir falar com muita gente”, pontua.
A repórter também fala sobre a mudança de Minas Gerais para o Rio de Janeiro. “ A gente trabalha e se prepara atrás do nosso espaço, e eu batalhei muito para conquistar um lugar na equipe do ‘Fantástico’. Quem acompanha meu trabalho em Minas sabe o quanto eu batalhei para apresentar um projeto que fosse diferente (no caso, o ‘Rolê nas Gerais’), com um propósito, porque eu sempre mirei ser repórter do ‘Fantástico’”, conta. “Ser convidada para o ‘Fantástico’ me surpreendeu também, porque eles poderiam ter escolhido qualquer pessoa no Brasil inteiro”, diz.
As raízes mineiras, entretanto, Tábata faz questão de exaltar sempre. “Quanto mais eu moro no Rio de Janeiro, mais eu amo Minas Gerais, e mais eu aprendo a gostar do Rio de Janeiro”, fala ela, aos risos, e não esconde a saudade dos amigos e da família, que continuam morando em Belo Horizonte.