Depois de decidir o estilo do veículo, um dos fatores que o consumidor deve observar é o tempo de garantia. Basicamente, todas as marcas que atuam no mercado brasileiro oferecem pelo menos três anos de cobertura, é o caso de Chevrolet, Fiat, Honda e Volkswagen, por exemplo. Algumas vão além, e chegam a cinco anos. Nessa esfera, estão empresas como Hyundai e Toyota. Há ainda casos específicos, como a cobertura de seis anos da Nissan Frontier e cinco anos para a Ford Ranger, exceções no portfólio desses fabricantes. Porém, depois de adquirir o veículo, seja com que cobertura for, o então cliente precisa seguir regras. Para que o veículo continue em garantia, o principal cuidado é fazer as revisões programadas até o limite pré-estabelecido. Geralmente, elas acontecem em intervalos, a cada 10 mil quilômetros ou 12 meses – valendo o que ocorrer primeiro. Mas existem exceções, como para modelos a diesel da Fiat e Jeep, que podem chegar a 20 mil km. Além de efetuar essa manutenção programada, que deve ser em concessionárias autorizadas, o cliente precisa ter atenção a pontos específicos. A Honda, por exemplo, é clara: para veículos utilizados para fins comerciais, entre eles, táxis e locadoras, a garantia é de somente um ano, sem limite de quilometragem. Além disso, as revisões preventivas destes veículos também têm o período diferenciado em relação aos carros de uso pessoal. ATENÇÃO AOS DETALHES Existem ainda situações curiosas. A BYD dá cinco anos de cobertura para o Dolphin, um carro elétrico. No entanto, a central multimídia do veículo, que é giratória – uma das atrações desse automóvel – só é garantida por 36 meses ou 90 mil km. Por outro lado, a Toyota entrega cinco anos de garantia para seus carros híbridos, como Corolla, Corolla Cross e RAV4, porém, o sistema híbrido deles possuem três anos a mais, chegando a oito. Não há limite de quilometragem no uso particular, enquanto para uso comercial o limite é de 200 mil km, prevalecendo o que ocorrer primeiro
O carro é seu, mas você não pode fazer qualquer coisa nele. É o caso da instalação de reboques, por exemplo. Alguns projetos não contemplam no seu projeto esse equipamento. É o caso de modelos que usam a plataforma GEM da General Motors, como Onix, hatch ou sedã, o SUV Tracker e a picape Montana. Dessa forma, se o proprietário fizer uso desse equipamento irá perder o direito de garantia. Alterações mecânicas, como rebaixamento do automóvel ou a instalação chips para alterar a potência não são recomendados e, também, levam a anulação da garantia. Lembre-se: garantia é um acordo, para ser válida é necessário que as partes cumpram o que foi estabelecido. O QUE NÃO É COBERTO A garantia, no entanto, não vale para o veículo inteiro e, normalmente, têm cobertura de itens mecânicos, suspensão e acessórios originais. Claro que peças com desgaste natural, como pneus, pastilhas de freio e itens de suspensão, não são cobertos. Filtros, correias e fluidos, como óleo do motor e de freio, não entram no acordo. Eles devem ser substituídos de acordo com o especificado no manual do proprietário. ZELANDO PELA GARANTIA Manter a garantia do automóvel é um ativo para o proprietário. Além da tranquilidade de estar coberto por uma eventual falha, é um fator importante na revenda. Por exemplo, se o seu carro tem cinco anos de garantia e você revende com três, o novo proprietário poderá seguir com o benefício – se tiver efetuado todas as revisões e se mantido dentro das regras. Dessa forma, observe o manual do proprietário, que geralmente está no porta-luvas. Lá está o termo de garantia, detalhando em quais condições ela é oferecida. O manual também aponta situações nas quais a cobertura pode ser total ou parcialmente anulada.