É comum fazer uma compra e, ao passar no caixa, ser perguntado se quer doar R$ 0,15 para uma causa social. Essa ação simples está impulsionando a filantropia nacional. É o que mostra a 2ª edição da pesquisa ‘Varejo com Causa’, realizada pela MOL Impacto e lançada na B3, a bolsa brasileira, reunindo lideranças de ESG e executivos ligados ao impacto social.
O levantamento revela que a causa dos animais abandonados recebe mais doações (57%) do que a proteção à infância e adolescência (33%). 69% dos consumidores se preocupam com questões como violência, saúde, desigualdade social, entre outras, mas esse número sobe para 86% quando se trata de doadores do varejo.
Os doadores costumam ser mais generosos, doando em média R$ 197,90 nos últimos 12 meses, 44% a mais do que aqueles que contribuem fora das lojas. O operador de caixa desempenha um papel fundamental nesse processo, comunicando aos clientes a oportunidade de doar.
Comparado à pesquisa de 2021, mais pessoas estão adquirindo produtos sociais no caixa e autorizando o arredondamento do troco. Outras formas de doação incluem doação de nota fiscal, participação em campanhas com causa e doação direta através de cofrinhos nas lojas.
A maioria das doações continua a ser feita em supermercados e farmácias, mas tem crescido o número de consumidores que doaram em outros segmentos, como lojas de roupas, calçados e restaurantes.
Clientes valorizam marcas com propósito
Os consumidores buscam marcas comprometidas com causas sociais e ambientais, porém apenas 48% das empresas varejistas oferecem mecanismos de doação. Segmentos como drogarias, eletromóveis e lojas de departamento são os que mais proporcionam esses mecanismos.
Dentre os mecanismos de doação oferecidos, destacam-se o marketing de causa, doação de bens materiais no ponto de coleta e produtos sociais. Sete em cada dez consumidores têm uma visão positiva da abordagem feita no caixa e a transparência sobre o uso do dinheiro doado é valorizada.
A pesquisa, realizada pela MindMiners com patrocínio da B3 Social e PwC Brasil, contou com 900 entrevistas com consumidores e profissionais do varejo.