Dívida da Zona do Euro caiu pelo terceiro trimestre consecutivo. Foto: ETTORE CHIEREGUINI/AGIF
A dívida global aumentou R$ 16,4 trilhões (US$ 3,3 trilhões) para um novo recorde de mais de R$ 1.515 quatrilhão (US$ 305 trilhões) no primeiro trimestre de 2022, segundo o IIF (Instituto de Finanças Internacionais, na sigla em inglês).
De acordo com relatório da instituição, o aumento foi impulsionado em grande parte pela China e pelos EUA. Em contraste, a dívida total na zona do euro caiu pelo terceiro trimestre consecutivo, aponta o IIF.
Em 348% do PIB global, a dívida está 15 pontos porcentuais abaixo de seu pico, no primeiro trimestre de 2021, com “o crescimento mais forte do PIB nominal ajudando a reduzir os índices”, aponta o IIF.
O movimento reflete o aumento da inflação, e o índice dívida global em relação ao PIB caiu pelo quarto trimestre consecutivo no primeiro trimestre de 2022, destaca o levantamento.
O aumento foi impulsionado principalmente por empréstimos corporativos, excluindo financeiros, e dos governos no geral, com dívidas fora do setor financeiro agora chegando a R$ 1.222 quatrilhão (US$ 236 trilhões).
Já a dívida dos mercados emergentes está agora aproximando-se de um recorde de R$ 497 trilhões (US$ 100 trilhões), indica o estudo.
Enquanto os níveis de dívida e tolerância diferem significativamente entre os países emergentes e setores, o aumento acentuado nos níveis de dívida de tais governos colocou transparência no centro das atenções, aponta o IIF.
A falta de transparência muitas vezes significa custos de empréstimos mais altos e acesso limitado a mercados de capitais privados para mutuários emergentes, afirma a instituição.
A cotação do dólar utilizada nesta matéria é de R$ 4,97, referente ao valor dessa quarta-feria (18).