Luiz Roberto Fonseca é diretor geral do Hospital Rio Grande, localizado no Tirol. Foto: José Aldenir/AGORA RN
Ao longo dos últimos cinco anos, o Hospital Rio Grande se fortaleceu no cenário da saúde potiguar com uma estrutura de 322 leitos, 86 leitos de UTI, 1,5 mil cirurgias mensais e atendimentos de alta complexidade, da cirurgia cardíaca congênita ao transplante cardíaco e transplante de medula óssea, assim como a retomada da ortopedia e neurocirurgia. Para 2024, a expectativa é oferecer radioterapia aos pacientes com câncer.
“Com coragem, trabalho e ousadia, reabrimos o antigo Papi como a única maternidade [Dr. Delfin Gonzalez] que atende a todos os planos de saúde. Acho que todo esse processo foi importante para a sociedade do RN, não só para quem tem plano de saúde, pois 30% dos atendimentos realizados no Rio Grande são de pacientes do SUS”, disse o diretor geral do hospital, Luiz Roberto Fonseca.
Para 2024, o Rio Grande pretende focar na área da oncologia. “O Rio Grande é o único hospital privado que foi construído com dois ‘bunkers’, que são estruturas de cimento construídas 10 metros abaixo do nível das ruas, para o funcionamento das máquinas de radioterapia. Somente a Liga Contra o Câncer, em Natal, e a Liga Mossoroense atualmente oferecem esse serviço. Hoje, com o envelhecimento da população, maior é a incidência de câncer. Portanto, existe uma alta demanda pela radioterapia”, enfatizou Luiz Roberto Fonseca.
Além disso, para o próximo ano, o objetivo é que o grupo de neurocirurgiões do hospital adquira um equipamento chamado Vídeo Eletroencefalograma. “Vamos nos tornar referência no tratamento da epilepsia. Hoje existe tratamento não só medicamentoso para a doença, mas também neurocirúrgico, com a colocação de eletrodos cerebrais e de geradores, nos quais o médico programa uma descarga elétrica continuada dentro do cérebro, que vai fazer a liberação dos mediadores químicos que impedem o paciente de ter convulsões”, apontou.
No contexto de tecnologia na saúde, o hospital possui a máquina ECMO. “Esse aparelho substitui o funcionamento do coração e do pulmão, você consegue colocar o paciente nesta máquina para que o sangue circule fora do corpo, e ela faz a filtragem e oxigenação do sangue, dando tempo para o coração e o pulmão se recuperarem”, relatou o diretor geral.
A unidade hospitalar também propiciou a incorporação de tecnologia para cirurgias que eram feitas de peito aberto no coração passarem a ser feitas através de uma artéria na perna. “Um paciente mais velho, de 85 anos, não podia fazer a cirurgia porque não suportaria essa operação. Agora, pode fazer por via endovascular”.
Sobre o Rio Grande
Localizado no bairro do Tirol, o Hospital Rio Grande foi inaugurado no dia 27 de março de 2018 a partir da visão empreendedora de dois grandes grupos que atuam na área da saúde, a Delfin Saúde, referência em diagnóstico por imagem, e Incor Natal, especialista em clínica e procedimentos de média e alta complexidade ligados ao coração. O nome “Rio Grande” é uma homenagem ao primeiro nome dado ao território potiguar, ainda na época em que era uma das capitanias do Brasil no período colonial.
O HRG é um complexo hospitalar, na qualidade de hospital geral, composto pelas mais variadas especialidades, com foco na oncologia, cardiologia, ortopedia, clínico geral e urologia, com um amplo suporte de cirurgias e unidades de terapias intensivas. Com esse perfil, o HRG torna-se também um importante parceiro do Sistema Único de Saúde (SUS). Há pronto-socorro adulto, infantil, ginecológico e maternidade.
“Não temos dupla porta para paciente SUS ou privado. Não temos distinção. Nossos leitos são iguais, então somos um hospital que preza pelo tratamento igualitário”, completou o diretor geral sobre o atendimento no Rio Grande.