O pré-candidato a senador Rogério Marinho (PL) se manifestou ontem contra a possibilidade de transformar o Auxílio Brasil permanente no valor de R$ 600. Em entrevista à rádio 98 FM, o ex-ministro do Desenvolvimento Regional defendeu o pagamento do benefício neste valor só até dezembro, num movimento que a oposição classifica como “eleitoreira”.
“A Constituição excepcionaliza a calamidade e a emergência. Define um período em que isso ocorre. A emergência não é um estado permanente. É episódico, circunstancial. O que todo mundo espera? Que essa guerra (na Ucrânia) consiga ser concluída até o fim do ano. O que o mundo inteiro espera? Que o desarranjo da cadeia logística que ocorreu no mundo possa ser diminuído até o fim do ano. Todos os países do mundo estão tomando medidas circunstanciais, episódicas, não apenas o Brasil”, afirmou Rogério.
Rogério Marinho reconheceu que, apesar da melhora de indicadores econômicos, como do emprego, e da previsão de que a economia brasileira vá crescer em 2022, há pessoas “mais frágeis” que necessitam da assistência do governo.
“Quando a economia volta, tem pessoas que demoram a subir no vagão, por uma questão estrutural do mercado de trabalho. As pessoas mais frágeis do ponto de vista econômico, que tem menor capacidade porque receberam menos instrução, são os últimos a se integrarem ao mercado e trabalho. São os que mais sofrem quando há desarranjo econômico. Mas o lema deste governo foi não deixar ninguém para trás”, afirmou o ex-ministro.
CONVENÇÃO EM NATAL
O presidenciável Leonardo Péricles escolheu Natal para o lançamento oficial da sua candidatura. A convenção do partido dele, a Unidade Popular, será no próximo domingo 24, no Sesc Cidade Alta, a partir das 9h.
SEM MUDANÇAS
O senador Jean Paul Prates (PT) vê “possibilidade zero” de reviravolta no grupo governista. O candidato a senador da chapa realmente será Carlos Eduardo Alves (PDT), com Jean de 1º suplente. Segundo o senador, não há possibilidade de mudança nem através de decisão da cúpula nacional. O acordo, diz Jean, foi avalizado pelo ex-presidente Lula, mesmo sem ter havido anúncio oficial.
FUTUROLOGIA
Em entrevista ontem à 98 FM, o senador falou também que está “apto” para assumir qualquer cargo para o qual for chamado em um eventual governo Lula, a partir de 2023. Não está descartada a chance de ele assumir a presidência da Petrobras ou ser ministro de Minas e Energia caso Lula seja eleito.
LAMENTÁVEL
Episódios de intolerância política chegaram ao Rio Grande do Norte. No último fim de semana, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, pré-candidato a deputado federal pelo PSB, foi a vítima. Enquanto conversava com apoiadores, Henrique foi destratado por um homem com gritos de “ladrão”.
TEBET PRESSIONADA
Uma ala do MDB se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo, na tarde desta segunda-feira 18, para oficializar o apoio de emedebistas à candidatura do petista à Presidência já no primeiro turno. Com o movimento, Lula e o grupo do MDB que o apoia buscam jogar ainda mais pressão sobre Simone Tebet (MDB-MS). A decisão foi tomada por 11 estados, incuindo o RN, dos quais 9 tinham representantes na reunião.