Quase 2 bilhões, conforme apurado pela CDL/BH, serão injetados na economia da capital mineira
A véspera do Dia dos Pais gera grande expectativa entre lojistas de Belo Horizonte. De acordo com pesquisa feita pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/BH), 89,2% dos entrevistados pretendiam adquirir o presente pouco antes da comemoração. Na sexta-feira, segundo 80,2% dos comerciantes, as vendas já atendiam plena ou parcialmente as expectativas. Quase 2 bilhões, conforme apurado pela CDL/BH, serão injetados na economia da capital mineira.
Dentre os consumidores consultados pela câmara, 42,4% disseram priorizar, como canal de venda, a internet. Em segundo lugar, figuram os shoppings, com 23,7% da preferência. Ontem, no Shopping Boulevard Arrudas, na Avenida dos Andradas, Região Centro-sul de BH, o movimento era intenso.
Em uma loja de calçados e cintos masculinos, a vendedora Larissa Corrêa, 21, há dois anos no ramo, percebeu aumento nos dois últimos dias de 10% a 20% nas vendas do estabelecimento. “A crise causada pela pandemia afetou bastante. Em relação a 2019, o movimento está bem menor”, compara.
A cabelereira Eliana Machado, 35, viu sua área de atuação ser muito impactada pela Covid-19. No salão onde trabalha, boa parte das clientes são idosas. “Só agora está voltando. Para comprar o presente, dividi no cartão. Acho que não tem ninguém conseguindo guardar dinheiro”, destaca Eliana, que vai presentear o pai com um sapatênis.
As impressões da vendedora e da cabelereira vão ao encontro da pesquisa feita pela CDL/BH. De acordo com o levantamento, o Dia dos Pais seria motivo de ir às compras para 50% dos entrevistados. Em comparação ao mesmo período de 2019, houve uma redução de 6,24 pontos percentuais. Ainda assim, o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, estava otimista.
“Um dos fatores que afeta esse cenário é o fato de o governo de Minas ter anunciado que vai pagar todo mundo em dia, a partir de agosto. Uma medida extremamente benéfica, não só para a economia da capital, mas de todo o estado”, acrescenta.
Gerente de uma loja de presentes e decoração, Nelcilene Pereira, 34, trabalha no setor há 11 anos. Ela ressalta, apesar de ter sido a primeira vez na pandemia em que o comércio pode se manter aberto antes da data, neste ano, o segundo domingo do mês foi espremido no calendário.
“O primeiro dia do mês foi domingo, então houve apenas uma semana para comprar o presente. Muita gente não atinou que estava em cima”, lembra. O jogador de base do Cruzeiro e estudante Pedro Lima, 17, notou também alta nos preços. “Numa loja, do ano passado para cá, os preços dobraram, isso dificulta muito a escolha do presente”, pontua.
Conforme esperado, os itens de vestuário lideram os presentes, com 24,5% da preferência na pesquisa da CDL. Em seguida, aparecem acessórios como relógios, carteiras, óculos de sol e cintos, com 21,1% das respostas. Calçados representam a escolha de 13,6% e cosméticos, 11,6%.