O Afoxé Filhos de Gandhy abriu a programação desta segunda-feira (1º) no Super Trio do Festival Virada Salvador. Fundado por estivadores portuários da capital baiana, em 18 de fevereiro de 1949, o grupo se inspira nos princípios de não-violência e paz do ativista Mahatma Gandhi, unindo a tradição da religião de matriz africana ritmada pelo agogô e nos cânticos de ijexá na língua iorubá.
De acordo como João Paulo Gomes, secretário do Afoxé, o grupo vem abrindo os caminhos para 2024: “É uma satisfação para nós abrir este último dia de Festival, abençoando os caminhos e trazendo a paz para este ambiente e para o mundo. O Gandhy emana a paz, o nosso toque é a paz”.
No repertório, o xirê tradicional, e algumas músicas de Gilberto Gil e Caetano. “Este ano, nós homenageamos Caetano, por isso têm muito dele no nosso repertório”, disse Gomes.
Estudante de engenharia, Jéssica Marques, 22 anos, se esbaldou com a apresentação do grupo no primeiro dia do ano. “O Gandhy mantém viva a representatividade da música de matriz africana. O bloco tem identidade única e leva para o mundo a música e a riqueza da cultura afro”, elogiou.
O Festival Virada Salvador está sendo realizado desde o dia 28 de dezembro, na Arena Daniela Mercury, na Boca do Rio e se encerra hoje.
O Projeto de cobertura Virada Salvador é uma realização do Jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador.