Um dos pratos mais populares em todo o planeta, a pizza tem, no Brasil, um dia pra chamar de seu: 10 de julho foi a data instituída em 1985 para comemorar a invenção italiana que ganhou personalidade própria por onde chegou. Massa fina ou grossa, com ou sem queijo, muito ou pouco recheio, para comer sozinho ou em grupo, a pizza que hoje é parte do cardápio de qualquer brasileiro tem raízes muito antigas e passou por diversas transformações até chegar ao que conhecemos hoje.
Apesar de ganhar a aparência com a qual ficou conhecida a Itália, a pizza tem sua verdadeira origem no Egito antigo, onde a massa plana formada por farinha e água e com recheios foi concebida. “No século VI, a massa coberta por ervas já era difundida no Egito, porém foi em Nápoles, na Itália, já no século XVII, que ela tomou a forma que veio a se popularizar pelo resto do mundo através dos processos migratórios, principalmente em direção aos EUA, país onde a pizza se popularizou rapidamente”, explica o chef e instrutor do SENAC, Djenal Santos.
No Brasil, a pizza também foi trazida por imigrantes italianos, entre o final do século XIX e princípio do XX. Inicialmente restrita às mesas de famílias imigrantes mais humildes, o prato logo encontrou aceitação e depois foi assumindo características próprias. “Aqui no nosso país, tudo acaba sendo adaptado e com a pizza não poderia ser diferente. Hoje há diversos tipos de massa, alguns até colocam cebola na preparação. Tenho visto até mesmo o uso de fumaça líquida para criar a impressão de preparo em forno à lenha”, aponta Djenal.
“A mesma coisa vale para os recheios, que hoje são os mais variados. Há quem debata se leva queijo ou não, mas o que vale mesmo é se o sabor agrada a quem vai comer”_Djenal Santos, chef e instrutor do SENAC.
Tradição x Inovação
Paulista radicado na Bahia, Ricardo Silva, chef e proprietário do Pi.ZZA, no Rio Vermelho, não escapa à polêmica e garante que não leva queijo, porém assume que a versatilidade do prato é um dos fatores que o tornam um dos mais celebrados no mundo. “Acredito que vou desagradar alguns chefs, mas para mim pizza não leva queijo, aliás, uma boa pizza não leva muita coisa, pois o excesso de ingredientes no recheio acaba confundindo o paladar”, afirma.
Para Ricardo, uma pizza inesquecível deve ser simples e direta, porém com bons ingredientes e um processo de preparação que valorize os sabores. “Às vezes, as pessoas acham que tem a ver com ingredientes caros, mas isso é uma ilusão. Uma boa massa precisa estar fermentada para não passar a sensação de estufamento em quem come. Um molho com tomates bem escolhidos, azeite de oliva, sal, manjericão e, no máximo, um pouco de alho. É algo que se faz em casa sem muito mistério”, dá a dica.
Sobre o Dia da Pizza, o chef acredita que é importante ter uma data que celebre o prato, mas vale degustar a qualquer momento, basta ter vontade. “Para mim, pizza é comida de rua, é algo que pode se comer a qualquer hora do dia. E se eu quiser uma fatia às 8h da manhã, o que há de mal? A pizza é rápida e barata, por isso sempre será tão popular”_Ricardo Silva, chef e proprietário do Pi.ZZA.
Só ou em boa companhia
Seja antes de um rolê ou depois de um dia cheio de trabalho, só para descontrair: pizza é elemento agregador, daquele que une família, amigos e até desconhecidos, podendo ser ela a protagonista ou coadjuvante de um bom papo. Que o diga o estudante de Licenciatura em Geografia e professor Renato Dejesus, 24 anos, que não dispensa o prato. Morador de Feira de Santana, ele elegeu a pizza como uma de suas comidas preferidas.
“Sempre que posso, estou comprando, seja no sábado ou domingo. É juntar meia dúzia de amigos que acaba em pizza. Em casa, junta eu e minhas irmãs e é pizza na certa. Amo comer no jantar e até no café da manhã. Aquela pizza gelada de outro dia é maravilhosa, me julguem, mas eu gosto”_Renato Dejesus, estudante de Licenciatura em Geografia e professor
Para acompanhar os recheios que mais gosta, como as “clássicas” frango com catupiry e calabresa, Renato e seus familiares garantem optam por refrigerante. “Tem uma frase que sempre falo para minha mãe: ‘pizza + Goob é vida’, não consigo viver sem”, conta.
Mas se a escolha dos recheios é fácil, o estudante conta que sempre tem divergências no momento de comprar a bebida. “Na hora de escolher os sabores sempre tem aquela confusão, pois cada um aqui em casa gosta de um diferente. Eu amo o de guaraná, já a minha mãe o sabor cola. No final, acabamos pegando dois ou até mais porque Goob sempre fez parte da minha vida, seja com ou sem pizza”, declara. A marca hoje tem cinco opções no mercado: laranja, uva e limão, além das já citadas, em tamanhos 230 ml (Goobinho), 500ml, 1 e 2 litros.
O projeto Dia da Pizza é uma realização do jornal Correio com apoio de Goob.
O Estúdio Correio produz conteúdo sob medida para marcas, em diferentes plataformas.