Moradores que ainda permaneciam em 23 imóveis em área de risco em Maceió (AL) deixaram suas casas, segundo a Braskem. Eles foram realocados pela Defesa Civil, por determinação judicial. Agora, 100% da região vulnerável ao eventual colapso de uma mina da empresa está desocupada.
“Importante lembrar que a área de resguardo no bairro do Mutange, onde fica a mina 18, cuja realocação preventiva foi iniciada pela Braskem em dezembro de 2019, está desocupada, sem nenhuma pessoa residindo na região desde abril de 2020”, informou a Braskem, por meio de nota.
A empresa ressaltou ainda que os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina.
“Essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta. Todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Braskem vem trabalhando em estreita colaboração”, disse a empresa.
Entenda
Desde o fim da semana passada existe a expectativa por parte dos órgãos de Defesa Civil de que a cavidade da mina 18 entre em colapso a qualquer momento. A situação é mais grave nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que sofreram nos últimos abalos sísmicos devido à movimentação da mina 18 da Braskem.
Neste sábado (2) um novo abalo sísmico foi registrado durante a madrugada, a 300 metros de profundidade, dessa vez com a magnitude de 0,89, informou a Defesa Civil da capital alagoana. O tremor se deu no bairro Mutange. (Estadão Conteúdo)