Evento “Bebê e Gestante”, realizada na última semana, no Expominas, contou com público máximo
Foram 16 meses sem o vai e vem de cliente e apresentação de novos produtos. Mas com a flexibilização dos eventos pela primeira vez neste mês em Belo Horizonte, os corredores vazios parecem ter ficado de vez no passado. Com a alta procura, produtores de feiras, congressos e exposições já planejam o calendário até o próximo ano.
Na feira do “Bebê e Gestante”, realizada na última semana, no Expominas, no bairro Gameleira, na região Oeste da capital, todos os ingressos para os sete dias de evento foram esgotados. De acordo com o diretor da feira, Uriel Pinheiro, as vendas dos expositores se aproximam dos eventos realizados antes da pandemia. “Foi o primeiro grande evento da cidade. Reduzimos o número de expositores por conta dos protocolos, mas foi melhor do que imaginávamos. Pelas grávidas serem público prioritário e já estarem em sua maioria vacinadas, tivemos uma procura muito próxima ao que tínhamos antes”, detalha o produtor sem revelar os números desta edição.
Mas o sucesso foi tanto, que segundo Pinheiro, a próxima edição da feira já está marcada para os dias 9 a 14 de novembro. “Muitos expositores levam até dois meses para vender o que eles vendem em uma semana de feira”, revela o diretor da Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau, que já planeja, inclusive, a realização de uma feira de móveis para o próximo mês e de casamento para o início do ano que vem.
“Temos tomado todos os cuidados para que essa volta seja realmente definitiva, não tenha retrocesso. É um setor que movimenta não só o comércio, mas a rede de hotéis, os aeroportos, os táxis e até os restaurantes. Estamos tentando retornar às atividades, porque os prejuízos foram incalculáveis tanto para o Estado quanto para o município”, completa Pinheiro.
Feira do mineirinho
A tradicional Feira do Mineirinho, realizada às quintas e aos domingo na área externa do ginásio na Pampulha, em Belo Horizonte, também já tem data para retornar. Segundo o diretor da atração, William Martins, as atividades recomeçam a partir desta quinta-feira (12), das 17h às 23h. E, aos domingos, das 8h às 18h.
Depois de mais de sete meses fechada, a feira irá manter o mesmo formato de música ao vivo, exposição de artesanato e área de alimentação. Para seguir os protocolos de combate à Covid-19, de acordo com Martins, a capacidade será limitada a 800 pessoas – antes da pandemia, até 6 mil pessoas circulavam pelo atrativo.
Agora, a praça de alimentação vai funcionar também em formato de bar, com mesas distanciadas, 2 metros uma das outras, e com limite de assentos. Outras medidas, como aferição da temperatura na entrada, sentido único de circulação, e oferta de álcool em gel, também irão fazer parte da nova realidade da feira, que apesar dos novos protocolos, não será preciso realizar agendamento prévio. A entrada será liberada por ordem de chegada.
“Alguns expositores só têm a feira como atividade, essa é a única fonte de renda para muitos. Voltamos com restrição sim, mas como temos um público muito fiel e familiar, acreditamos que iremos voltar a ser uma opção de compra e lazer por ser um ambiente seguro”, avalia o diretor da feira, William Martins.
Cautela.
Apesar da boa notícia, metade dos feirantes ainda não têm data certa para voltar devido ao receio da continuidade da flexibilização na capital. “Vamos montar 200 estantes, no máximo. Antes chegava a 400, com uma média de mil pessoas trabalhando. Algumas pessoas vão esperar, porque é complicado comprar mercadoria, ter estoque e fechar. Mas estamos muito confiantes que as coisas só tendem a melhorar a partir de agora”, afirma Martins.
Feira do mineirinho
Restrição. A atração paralisou as atividades em março do ano passado, no começo da pandemia, mas chegou a ser reaberta, com novos protocolos definidos pela Prefeitura em novembro. No entanto, foi novamente fechada em janeiro deste ano, retornando às atividades somente neste mês, sete meses após o último fechamento.
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