Fachada de um prédio da Eletrobras.
A oferta da Eletrobras tem atraído forte apetite de fundos locais e internacionais, o que deve viabilizar a operação. Essa lista inclui fundos como o Canada Pension Plan Investment Board, Itausa e GIC (ligado ao governo da Cingapura). Chama atenção, porém, o pouco interesse de gestores de ativos de geração nessa lista.
Os chamados investidores-âncora, fundos que se comprometem com a compra de grandes fatias da oferta, podem colocar entre R$ 10 bilhões e R$ 14 bilhões, dependendo de demanda e preço. Essa ancoragem dá segurança à Eletrobras de que haverá um patamar mínimo de preço.
A privatização da Eletrobras é a maior desde a venda da Telebras, ocorrida em julho de 1998. Além disso, é a maior capitalização na Bolsa brasileira desde a megacapitalização da Petrobras em 2010 (que sustentou os investidores da empresa no pré-sal).
Renovação de contratos
A Eletrobras deve usar os recursos obtidos com a capitalização para pagar R$ 25 bilhões ao Tesouro Nacional pela renovação de contratos de hidrelétricas e também R$ 5 bilhões para as contas de luz.
Os coordenadores da oferta são BTG Pactual (líder), Bank of America (BofA), Goldman Sachs, Itaú BBA, XP, Bradesco BBI, Caixa, Citi, Credit Suisse, JPMorgan, Morgan Stanley e Safra.
Na precificação, os investidores estão considerando ainda um deságio relativo ao aporte de R$ 1,5 bilhões da subsidiária Furnas na hidrelétrica de Santo Antônio (RO) e dos riscos com relação à indenização às transmissoras, em discussão na Aneel e parte importante da receita das empresas Eletrobras.