O atacante Jobson é suspeito de envolvimento com tráfico de drogas. Ele prestou depoimento em uma delegacia na última quinta-feira após ser alvo de denúncia na região da Japuiba, em Angra dos Reis. Duas pessoas foram presas na operação policial, mas o jogador foi liberado. Esta porém, não é a única polêmica envolvendo o ex-Botafogo.
Jobson estreou no Brasiliense em 2007, e já no início de sua carreira profissional no futebol ele enfrentou problemas por conta do uso de drogas. Enquanto defendia o Botafogo, o jogador foi pego no exame anti-doping em duas partidas do Campeonato Brasileiro, e foi suspenso por dois anos. O teste deu positivo para substâncias presente na cocaína e o próprio atleta confessou, na época, ter usado crack. Após novo julgamento no ano seguinte, a pena de Jobson foi diminuída para seis meses e o atleta retornou aos gramados em julho de 2010.
Meses depois, o atacante se envolveu em outra polêmica após o empate do Botafogo contra o Avaí na ressacada. Jobson mostrou o órgão genital para torcedores do time catarinense na saída do estádio. Na época, o atleta foi conduzido até a delegacia da região, mas foi liberado no mesmo dia.
Em 2013, quando estava no São Caetano, o atacante foi acusado de agredir a esposa Thayne Bárbara durante uma briga entre o casal. O atacante foi encaminhado à delegacia, mas novamente liberado. No mesmo ano, foi levado à delegacia por acelerar seu carro e ofender policiais em uma blitz.
Entre 2015 e 2018, ele foi suspenso pela Fifa de realizar qualquer atividade relacionada ao futebol. Jobson foi acusado pelo clube saudita Al-Ittihad, o qual defendeu entre 2013 e 2014, de se recusar a fazer exame antidoping. A pena imposta pela Federação Saudita de Futebol, posteriormente acabou se tornando mundial por determinação da Fifa.
Durante o período de suspensão, o nome do atacante foi envolvido em um caso de estupro de vulneráveis. Desde então, Jobson foi preso três vezes. Em junho de 2016, ele cumpriu um mandado de prisão preventiva após uma adolescente afirmar ter sido abusada pelo jogador. As investigações começaram depois que uma foto dela foi parar em um grupo de troca de mensagens na internet. A menina procurou a polícia, e Jobson negou todas as acusações. O caso aconteceu no interior do Pará.
Um ano depois, ele foi preso novamente após se envolver em um acidente de trânsito que causou a morte de um homem. Jobson estava em liberdade condicional na época, e voltou para a cadeia por ter saído da comarca sem autorização. Ele pagou fiança e foi liberado, após dois meses na prisão.
Em setembro de 2017, ele voltou a sair do limite estabelecido, e uma nova prisão aconteceu. A informação chegou à Justiça porque o jogador usava uma tornozeleira eletrônica.
Natual do Pará, Jobson foi revelado pelo Brasiliense, clube que defendeu entre 2007 e 2009, e neste período foi emprestado para o Santa Maria (do DF) e para o Jeju United, do futebol coreano.
Após encerrar com o clube de Brasília, o atacante passou por Botafogo, Atlético-MG, Bahia, Grêmio Barueri, São Caetano e Al-Ittihad, da Arábia Saudita.
Em 2019, após o término da suspensão da Fifa, Jobson acertou seu retorno ao Brasiliense, mas acabou afastado do clube por problemas internos. No ano seguinte, retornou ao Rio de Janeiro para tentar uma oportunidade na Portuguesa. Ele foi a principal contratação da Lusa para a temporada, mas sua passagem durou pouco. Jobson jogou apenas 45 minutos, e ficou insatisfeito por não estar sendo relacionando nos jogos.
Posteriormente, foi contratado pelo Independente-PA. Depois de jogar duas partidas, foi dispensado por indisciplina. Na época, um vídeo viralizou mostrando Jobson bebendo em um karaokê na cidade de Tucuruí, interior do Pará, após uma partida pelo Campeonato Paraense em que o time saiu derrotado. No jogo em questão, ele perdeu um pênalti e foi expulso.
Em 2020 o atacante foi apresentado como novo reforço do Campinense para a disputa da Serie D. Depois, foi para o União Cacoalense, de Rondônia.
Defendendo o Capixaba, ele foi artilheiro da Copa Espírito Santo na temporada 2021. Em sequência, foi anunciado pelo Sete de Setembro-PE, mas se despediu sem sequer fazer um jogo pelo clube.
Na temporada atual, ele tinha um acordo para defender o Itupiranga, no Campeonato Paraense, mas acabou acertando com o Sete de Setembro, de Pernambuco. Com uma suposta proposta do futebol paraguaio, ele deixou a equipe menos de 10 dias depois.
Ainda neste ano ele foi para o Sport Lagoa Seca disputar o Campeonato Paraibano. Ele fez cinco partidas e não marcou nenhum gol. Esse foi o 18º clube de sua carreira.