O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizará uma mobilização nesta quinta-feira, 25, para exigir da reitoria a suspensão do calendário acadêmico, em decorrência da greve dos professores e técnicos.
A representação estudantil afirma que a suspensão do calendário acadêmico garante “a igualdade de condições de aprendizado”.
Professores da UFRN durante assembleia geral para discutir paralisação, que foi iniciada no dia 22 após plebiscito. Foto: ADURN/Reprodução.
Quando a greve dos professores foi anunciada, na semana passada, a UFRN afirmou que atividades administrativas e acadêmicas permaneceriam normais, respeitando a decisão de cada técnico e docente pela adesão ou não à greve. No caso dos professores que não aderirem à greve, as aulas continuam normalmente.
O ato do DCE nesta quarta consistirá em uma oficina de cartazes e estêncil e em um protesto.
“Essa resposta da Reitoria é muito aquém do que a gente espera. Muitas coisas estão dificultando os estudantes a estarem chegando na universidade. Precisamos garantir que o estudante não seja prejudicado”, afirma Stefany Kovalski, coordenadora geral do DCE.
“Nós do DCE apoiamos a greve dos professores e dos servidores técnicos, pois acreditamos que precisa ter não só os reajustes salariais, mas uma recomposição do orçamento das instituições federais de ensino”, argumenta Kovalski. “Então para nós essa decisão de não suspender o calendário enfraquece, sim, o movimento grevista, pois faz com que os professores tenham uma justificativa para estar furando a greve”.
‘Eles pedem quanto querem e a gente dá quanto pode’, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira, 23, que nenhum servidor será punido por fazer greve.
No entanto, o petista acrescentou que, enquanto os funcionários públicos “pedem quanto querem”, o governo só dá o “quanto pode”.
O governo já afirmou que não há espaço fiscal para conceder aumento ao funcionalismo neste ano. E tem negociado ampliar valores de benefícios, como o auxílio-alimentação. Há previsões de reajustes para 2025 e 2026.
“Nós vamos negociar com todas as categorias. Ninguém será punido neste país por fazer uma greve. Eu nasci fazendo greve. É um direito legítimo. Só que eles têm que compreender que eles pedem quanto eles querem; a gente dá quanto a gente pode”, afirmou.