Com familiares que moram a mais de 400 km de distância e cuidando de uma bebê chamada Malu, de apenas quatro meses, a confeiteira Michelle de Macedo Souza, de 38 anos, não pensou duas vezes antes de matricular seu filho Theo, de 4 anos, em uma colônia de férias. “Ano passado eu coloquei ele lá por alguns dias como experiência. Mas neste ano vou colocar ele de segunda a sexta-feira”, conta Michelle, lembrando que as aulas regulares de Theo só voltam em fevereiro. Como Michelle já garantiu a matrícula de Theo na escola, localizada na região de Venda Nova, em BH, a inscrição para a colônia tem um preço mais acessível: uma taxa de R$ 150 por mais de 25 dias de recreação (de 4/1 a 31/1/24). No entanto, uma pesquisa feita pela reportagem do O Tempo mostrou que esses valores podem chegar até R$ 700 por semana em clubes de áreas mais nobres da capital mineira. No serviço contratado por Michelle, haverá recreação em meio período (13h às 17h), com monitoria, para cerca de 25 crianças. O lanche é por conta da família. “Meninos em casa nas férias, misericórdia, eles nunca querem ficar parados. Não querem assistir TV, têm que ficar inventando brincadeiras… Na colônia, há opções para se divertir. Com quatro anos, eles exigem muita atenção”, explica a mãe. Michelle e outras mães também resolveram cuidar de um grupo formado por três colegas de sala de Theo, que moram perto uns dos outros, enquanto espera o período de colônia de férias em janeiro. “Para não ficar complicado, cada dia a gente manda para a casa de uma mãe, depois do almoço, e eles ficam lá brincando. Este é o tempo em que temos liberdade para sair e resolver algumas coisas”, explica Souza.