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A lógica não tem compromisso com a verdade.
E contrariando as evidências, Praia Clube e Minas chegam ao capítulo final da Superliga.
De um lado, o jogo coletivo e o conjunto do atual campeão.
Do outro, o talento individual e a conhecida dependência de Thaísa e Kisy do vice da temporada passada.
Não há segredo.
Os dois se conhecem de cor e salteado.
O Praia chega fortalecido emocionalmente depois de uma temporada recheada de lesões.
A levantadora Claudinha e o ressurgimento de Monique são as imagens da superação de um time que não desiste nunca.
A união de grupo impressiona.
A boa fase de Adenízia surpreende, mas ainda é uma interrogação.
A questão é saber se a experiente central, dona de caras e bocas impagáveis, irá se sustentar ou sucumbir na decisão dando crédito a nota de 3.
Fato é que o Praia não depende apenas de uma jogadora, embora Sofya continue sendo o ponto de desequilíbrio.
O cenário no Minas é diferente.
O time depende 100% de Kisy, esgotada fisicamente, e Thaísa.
O mérito de uma eventual conquista será delas.
E só delas.
O talento individual pode sim resolver o campeonato, desde que Jenna Gray entenda que só as duas podem resolver.
A temporada mostrou que não dá para confiar nas ponteiras, instáveis e imprevisíveis.
E o Minas não tem peças de reposição.
O que pode salvar, ou não, os dois times é o fato da decisão ser um jogo único.
É quando entra em quadra o componente equilíbrio e uma final exige que você seja mais racional e menos emocional.