Em meio à onda de calor que atinge a capital mineira, mais 382 peixes foram retirados mortos da lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (15 de novembro). Em três dias, foram 694 remoções feitas pelas equipes da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura.
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou que nesta manhã foram recolhidos 192 peixes mortos e, na parte da tarde, mais 200. O fenômeno está relacionado, segundo o Executivo municipal, ao período recorde de temperaturas máximas, com pouco volume de chuvas, fazendo com que o nível do reservatório da lagoa fique baixo e a diluição de poluentes muito reduzida.
“Desta forma, o oxigênio dissolvido na coluna d’água está menor, potencializando a mortandade de peixes e agravando o quadro de eutrofização”, esclareceu em nota.
Pelo terceiro dia seguido, a capital mineira registrou temperatura acima de 37ºC. Na estação Pampulha, os termômetros atingiram 37,3ºC, às 15h e às 16h. Este foi o terceiro dia mais quente em 2023, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A mortandade dos peixes também se explica pelo esgoto presente no curso d’água, conforme explicou a O TEMPO o professor Leonardo Boscoli Lara, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Só há uma alternativa para reverter a situação: teria que zerar o lançamento de esgoto na lagoa da Pampulha de uma vez por todas”.