Na última temporada, sete jogadores estiveram no time principal e número tende a aumentar neste ano
A última temporada foi marcada pela utilização de jogadores oriundos das categorias de base do América. Sete foram os oportunizados que atuaram no Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
Estiveram no profissional o zagueiro Zé Vitor, os laterais-esquerdos Carlos Junio e Vitor Hugo, os meias Lucas Gabriel e Gustavo, e os atacantes Kawê e Carlos Alberto. Mas para o ano de 2022, o torcedor pode esperar uma presença ainda maior das promessas no time principal?
Trabalho a longo prazo
Com Lisca e Vagner Mancini muitos atletas tiveram as primeiras chances como o atacante Carlos Alberto, que debutou em 2020, ainda com o treinador Gaúcho. Aliás, foi Lisca quem pinçou os jovens da base para o time de transição, como Carlos Junio, Rodriguinho e Kawê.
Mancini deu sequência ao trabalho e deu chances a Zé Vitor. Após três jogos pela Série A, o treinador assumiu que o zagueiro havia tido uma queda de rendimento, e por isso retornou a base para disputar as competições de sua categoria, como o Brasileiro Sub-20.
Conquistas e promessas
Em outubro, o América conquistou o título do Campeonato Mineiro diante do rival, Cruzeiro. Antes disso, para chegar à fase final, havia vencido também o Atlético. O Coelho fez campanha irretocável com 12 vitórias e dois empates.
O feito reacendeu a expectativa de torcedores de ver as grandes promessas no time profissional, ajudando na temporada que promete ser histórica, com a disputa da Liberadores. Porém, William Batista, técnico do time Sub-20, em entrevista à Rádio Super, 91,7FM, faz um alerta.
“A gente tem que saber que nem sempre um time campeão como a gente foi vai fornecer muitos jogadores para a equipe principal, e nem sempre uma equipe que talvez não foi tão bem, não vai fornecer. Precisamos saber como equilibrar isso”, disse.
Os atletas iniciaram a pré-temporada do América na última segunda-feira (27). “A gente vai ter oito jogadores em processo de transição na equipe principal”, comentou William, que ainda explicou a importância deste processo. “Eles convivem com jogadores mais velhos, que têm experiência, como Juninho, (Felipe) Azevedo, Bauermann, com os treinadores também”, concluiu.
Sob o olhar do comandante
As joias serão lapidadas por Marquinhos Santos, que tem vasto currículo nas categorias de formação. Em sua chegada, o treinador disse que iria fortalecer o DNA Formador do América. “Em relação a esses atletas (Gustavo, Carlos Alberto, Zé Vitor e Kawê), nós já vínhamos monitorando e acompanhando, não só no profissional, mas nas categorias de base. São atletas com alto potencial, muita qualidade técnica, cada um na sua função”, afirmou.
A diretoria do América optou por realizar poucas contratações para o início do ano, com a intenção de dar mais espaço aos jovens. Importante posição, visto que no início do ano, o time vai se dividir entre duas competições: Mineiro e Libertadores. O time principal (titular) vai priorizar a fase preliminar do torneio continental, e os jovens devem aparecer no Estadual.
Principalmente, aqueles que atuam na zaga e no meio-campo. O Coelho não tem muitas opções nestas posições. Na defesa, Zé Vitor deve ser observado, visto que três jogadores deixaram o plantel: Eduardo Bauermann, Ricardo Silva e Anderson, os dois primeiros eram titulares. No meio, há apenas Lucas Kal (improvisado) e Alê. Logo, Gustavo e Rodriguinho podem ganhar chances e rodagem.
No ataque, a concorrência é mais difícil, mas não impossível. Nas primeiras exibições, Carlos Alberto chamou atenção de Marquinhos Santos, na reta final da Série A de 2021. “O Carlos (Alberto) também entrou muito bem, com personalidade e atitude”, disse Marquinhos Santos, em novembro, após o jogo contra o Fluminense.
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