A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) segue trabalhando para a liberação da Rota Sol. Desde domingo 3, quando foi registrado o alagamento na via, após danos na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) provocados pelas fortes chuvas, a Companhia iniciou os procedimentos para resolução da situação. O talude, estrutura que continha os efluentes da lagoa de infiltração, foi recomposto ainda na segunda 4.
Em comunicado, a Caern informou que trabalha no bombeamento do volume de água que se acumula na via. A primeira bomba que entrou em operação tem capacidade de bombear 100 mil litros de água por hora, nesta terça-feira 5, a Companhia pretendia concluir a instalação de outras duas bombas, mais uma com capacidade de 100 mil L/h e outra com 200 mil L/h.
Assim, serão bombeados 400 mil litros de água por hora, para uma área emergencial. A previsão da Companhia, se o tempo se mantiver sem chuvas, é de que a via esteja seca a partir desta quarta-feira 6. Um carro ficou preso no alagamento na Rota do Sol e, até o fechamento desta matéria, não havia sido retirado do local.
As fortes chuvas também romperam a lagoa de estabilização da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Pium. A Caern informou que não ocorre mais transbordamento. A Defesa Civil de Parnamirim foi acionada para fazer o levantamento da situação das casas na rua das Palmeiras, na estrada do Lago Azul.
A Companhia está fazendo trabalho de limpeza e aterro na rua das Palmeiras para permitir a passagem dos veículos. A Caern também fará a recuperação da lagoa que transbordou.
Caern faz ajustes após mudanças na cor da água
A Caern está trabalhando para minimizar a ocorrência de alteração na cor da água distribuída na capital potiguar, provocada pelo período chuvoso. Apesar da segurança quanto à qualidade do produto, a companhia dá andamento à adequação do tratamento de água que é realizado na Estação de Tratamento de Águas do Jiqui (ETA), um procedimento que é rotina em todas as concessionárias de abastecimento do país durante o período de inverno.
A Caern assegura que esse fenômeno da alteração na cor da água é apenas de aspecto físico, não comprometendo a potabilidade para consumo do produto. A situação ocorre em mananciais de superfície no país, sejam lagoas, açudes ou outros, porque a turbulência (força) e volume da chuva, o carreamento de alguns materiais para o leito desses mananciais e a decomposição de suas vegetações (folhas e raízes) da mata ciliar provocam mudanças nas características da qualidade (física) da água.
As providências tomadas pela Caern são o monitoramento do rio Pitimbu e tomada de medidas quanto é detectada alguma mudança. As alterações operacionais para sanar a situação são, entre outras, ajuste da dosagem dos produtos de tratamento da água e limpeza constante dos filtros da ETA.
A companhia também mantém todos os poços da Lagoa do Jiqui funcionando. A medida visa a diluição da água que sai da ETA, possibilitando um melhor ajuste da cor do produto. Por fim, a Companhia informa de antemão que em alguns momentos, por causa dos ajustes no tratamento, pode haver redução no fornecimento de água para algumas áreas.